Apesar das dificuldades enfrentadas nos dois últimos anos, o setor madeireiro continua sendo o carro chefe das exportações em Sinop. Em 2006, o volume de madeira exportada correspondeu a cerca de 70% do produto sinopense vendido para fora do país, equivalente a cerca de US$ 38 milhões. Somente a indústria de compensados exportou US$ 12 milhões.
Mesmo amargando a queda de 42% nas vendas em comparação com 2005, quando foram US$ 21 milhões, o segmento teve a maior participação no volume comercializado. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad), Jaldes Langer, indústrias do produto empregam grande parte da mão-de-obra no setor, o que vem resultando no aumento do desemprego. “O segmento já vinha tendo queda devido o fator cambial, e só vai reagir se houver melhora do câmbio”, explicou, ao Só Notícias.
A madeira serrada é o segundo maior volume de negócios movimentando US$ 11 milhões no ano. As expectativas para 2007 são positivas. Langer destacou que o mercado externo está promissor e deve resultar em bons negócios. “Uma série de produtos de espécies como o ipê, jatobá, cedrinho vermelho, devem ter preferência”, acrescentou.
Já para o mercado interno as previsões não são tão boas. Jaldes lembrou que o aumento na carga tributária, com reajuste na pauta da madeira, não está motivando os empresários. “Temos cerca de 40 municípios da região Norte e Noroeste que a economia depende do setor, o que mostra sua importância. Os números mostram isso. O volume exportado resulta em dinheiro novo que entra no Estado”, concluiu.