Comércio de Mato Grosso alcança resultado positivo nas vendas nos 12 meses acumulados até julho deste ano, tanto no varejo restrito quanto no ampliado. De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (13), o volume de vendas no varejo ampliado cresceu 11,7% este período, com evolução de 13% na receita nominal de vendas. Nesse resultado é considerado o desempenho dos segmentos de veículos e materiais de construção. Excluindo esses 2 setores, as vendas acumularam alta de 6,4% em volume e 8,5%% em receita no Estado.
A recuperação do comércio é constatada também com o resultado das vendas nos 7 primeiros meses do ano. Comparado com igual período de 2017, o crescimento do volume de vendas no varejo restrito chega a 2,1% e da receita nominal de vendas alcança 6%. No ampliado, as altas acumuladas são de 9,2% em vendas e de 12,1% em receita.
Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Cuiabá, Nelson Soares Júnior, a crise levou ao represamento das vendas de veículos até 2016, cenário que começou a mudar este ano. Da mesma forma, o período de estiagem característico dos últimos 4 meses em Mato Grosso estimula a demanda por materiais de construção. De modo geral, a economia mato-grossense tem crescido acima da média nacional devido à produção agrícola recordista e isso reflete no segmento varejista. “Outro ponto que favorece o crescimento nas vendas é a retomada da geração de empregos, os pagamentos em dia dos salários do funcionalismo público, além da liberação dos recursos do FGTS e PIS”.
A desaceleração nas vendas é constatada apenas com a sazonalidade verificada no período de junho para julho em Mato Grosso. Conforme aponta a PMC, o varejo ampliado registra queda de 1% nas vendas em julho, ante crescimento de 2% em junho. A receita nominal cresceu 4,4% em junho e recuou 1% em julho. Situação similar é verificada no varejo restrito, que viu o volume de vendas cair 1,5% em julho, após crescimento de 1,4% em junho. Apesar da variação negativa, a receita nominal de vendas se manteve positiva em julho (0,5%), após alta de 2,9% no mês anterior. Para o presidente da CDL, as férias de julho podem ter afetado as vendas do comércio ao estimulado gastos direcionados ao setor de serviços.