O comércio de automóveis e veículos leves novos cresceu 3,16% no mês de janeiro comparado a dezembro. Os dados foram divulgados hoje em São Paulo pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Apesar do número positivo, o setor fechou o mês negativo em 5,20% com a queda nas vendas de motos (13,47%), caminhões (24,45%) e ônibus (35,33%).
“Isso nos preocupa porque mostra o tamanho da crise: os consumidores de baixa renda, que compram motos, estão com dificuldades e os investidores, que compram caminhões e ônibus, não estão levando nada”, afirmou Sérgio Reze, presidente da entidade.
No total, foram vendidos em janeiro 189.729 automóveis e veículos leves, 7,63% a menos se comparado ao mesmo mês de 2008.
Segundo Reze, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) foi uma das contribuições do governo para o setor.
“Janeiro poderia não ter sido um mês tão bom”, comentou. Para o presidente, o problema das vendas não é mais a falta de crédito e sim de vontade. “As pessoas estão receosas em comprar”, disse.
Para Reze, a economia brasileira está em boas condições se comparada com as demais. “Nossos bancos não têm passado por dificuldades”.
Entretanto, o presidente da Fenabrave não quis fazer projeções para 2009. “O dólar está voltando à normalidade, mas a economia ainda passa por um processo de expectativas”, comentou.