Um estudo realizado pelo Instituto FNP, entre janeiro de 2004 e dezembro de 2006, apontou uma valorização de 152% nas terras na região de Sinop a Paranatinga, uma das maiores do país. As áreas são de pastagem formada e custam, em média, 978 dólares por hectare. Os dados foram divulgados na última edição da conceituada revista Exame.
O instituto constatou que os preços em áreas pouco exploradas, tanto na região Centro-Oeste quanto no Nordeste, estão em alta. No município de Rosário (BA), por exemplo, o hectare vale 340 dólares, houve uma valorização de 265% no período. Em Gurupi (TO) foi de 149% e, em Caxias (MA), de 112%. As terras mais caras estão em São Paulo e Santa Catarina, onde o hectare pode custar até 12.138 dólares.
Essa valorização é explicada pela expansão do campo no Brasil. Estima-se que o país ainda possui 90 milhões de hectares não explorados, já excluindo áreas de reservas. Entre as dificuldades encontradas pelos investidores está a deficiência dos registros dos imóveis e disputas de terras na Justiça, além da falta de infra-estrutura.
Na região de Sinop, por exemplo, o grande gargalo encontrado por muitos fazendeiros ainda é a BR-163. A briga pela pavimentação até Santarém (PA), onde está o porto de Santarém, vem de anos. O escoamento pela rodovia reduziria em até U$$ 30 o custo do frete por tonelada.
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