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Suspensão de concursos atinge menos de 10% das seleções previstas

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A suspensão de concursos públicos e nomeações, anunciada na última quarta-feira (9) pelo governo, não deve atingir nem 10% do total de seleções previstas para este ano, segundo informa o presidente do grupo Damásio de Jesus – especializado na preparação de candidatos para concursos públicos -, Thiago Sayão.

Isso porque, explica Sayão, a medida atinge apenas os concursos do executivo federal, não impactando nos processos seletivos do legislativo federal, judiciário federal, empresas públicas e nos concursos de outras esferas de poder, como os estaduais e municipais.

"Por falta de informação, muitas pessoas que estavam pensando em prestar um concurso acabam desistindo, por entender que não vai haver concurso… Contudo, em muitos casos, o concurso que a pessoa queria nem foi atingido e ela acaba perdendo a oportunidade (…) É importante que a pessoa se informe para não perder concurso à toa", disse.

Esperança
De acordo com o jurista e professor da rede de ensino LFG, também especializada em concursos, Luiz Flávio Gomes, a medida anunciada pelo governo atinge concursos como o da Polícia Federal, INSS, Banco Central, Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ministério da Fazenda, Ministério da Educação, entre outros.

Todavia, quem pretendia prestar algum destes concursos, diz ele, não deve desanimar, já que suspensões como as anunciadas não costumam durar muito tempo. "As pessoas ficam decepcionadas com um anúncio como este. Contudo, medidas semelhantes já foram anunciadas em governos anteriores e todas às vezes duraram pouco tempo".

Sayão concorda e acrescenta: "não é a primeira vez que há este tipo de suspensão. Como foi dito pelos ministros do Planejamento e Fazenda, eles analisam caso a caso e, mesmo com a ordem de suspensão, acaba ocorrendo concurso do executivo federal, por conta de aposentadorias, morte de servidor, entre outros motivos".

Nomeações e inscrições
No caso das pessoas que já foram aprovadas em concursos, sobretudo aqueles cujos prazos de validade estão próximos do fim, e aguardam a nomeação, os especialistas orientam que elas procurem a Justiça para garanti-la.

"As pessoas devem procurar a Justiça para garantir a nomeação. Entretanto, após diminuírem no primeiro semestre, as nomeações devem voltar a ocorrer na segunda metade do ano", diz Sayão.

O Ministério do Planejamento informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que já solicitou uma lista dos concursos atingidos e deve analisar caso a caso a questão da nomeação. A assessoria informou ainda que, se houver casos de pessoas que se inscreveram para concursos que, após análise, efetivamente não irão ocorrer, serão tomadas as medidas cabíveis para que os inscritos não sofram prejuízos.

 

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