O dólar encerrou a segunda-feira com leve baixa de 0,32%, a R$ 2,193, na esteira da melhora nos mercados internacionais e do saldo positivo da balança comercial brasileira.
As bolsas de valores norte-americanas subiam mais de 1% nesta tarde e os títulos da dívida externa brasileira tinham desempenho positivo. O risco-país cedia para 230 pontos-básicos sobre os Treasuries.
“Lá fora (o mercado) está indo relativamente bem, as bolsas melhoraram, o risco-país voltou um pouquinho. De uma maneira geral está tudo tranquilo”, apontou João Medeiros, diretor de câmbio da Pioneer Corretora.
Os preços de petróleo, porém, encerraram a segunda-feira em alta, por conta de preocupações sobre o conflito entre Líbano e Israel e a menor possibilidade de um cessar-fogo. Em Nova York, o barril fechou perto de US$ 75 o barril.
Internamente, o saldo positivo da balança comercial trouxe otimismo para um início da semana de poucos indicadores. O foco está na publicação do Livro Bege do Federal Reserve – o banco central norte-americano – na quarta-feira e da ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central na quinta-feira.
O superávit comercial foi de US$ 1,03 bilhão na terceira semana de julho, o que representa um saldo positivo acumulado no mês de R$ 3,943 bilhões.
Medeiros ponderou que a queda do dólar só não foi maior no dia por conta da atuação do Banco Central. A autoridade monetária aceitou 13 propostas no leilão de compra de dólares realizado à tarde, com corte a R$ 2,190.
O gerente de câmbio da corretora Novação, José Roberto Carreira, citou ainda que o volume de negócios foi fraco. Segundo ele, perto do fechamento o volume de negócios registrados no segmento interbancário era de US$ 800 milhões.