Mato Grosso continua sendo o Estado que mais destinou embalagens vazias de defensivos em 2006. Foram 278 mil toneladas somente em dezembro, sendo que 10.08 estavam contaminadas. De janeiro a dezembro foram 4,554 mil toneladas de embalagens. Os dados são do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev).
O Estado tem centrais de recebimentos de embalagens em Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Campo Novo do Parecis e Diamantino, entre outros municípios. Em Sorriso, a Associação dos Representantes dos Produtos Agrícolas (ARPAS) tem uma área de 2 hectares, onde funciona o Centro de Recebimento e Prensagem de Embalagem desde 1998, que gera 10 empregos diretos no município e mais dois em Boa Esperança.
Só Notícias apurou que, em 2006, o centro recolheu e prensou 613,9 toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos. É a segunda unidade com maior recebimento no Estado. A associação surgiu da necessidade das revendas se unirem para cumprir a Lei Federal nº 9974 de junho de 2000, que disciplina a destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos. A unidade só está recebendo embalagens com cópia da nota fiscal de compra.
O destino final dessas embalagens varia entre madeira plástica, embalagens para óleo lubrificante, vassoura, canos de conduíte, cordas, barricas de papelão, economizadores de concreto entre outros produtos. O sistema de destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos é formado pela integração de diversos elos da cadeia produtiva agrícola como agricultores, canais de distribuição, cooperativas, indústria e o poder público.
O Inpev é uma entidade sem fins lucrativos responsável pela destinação final das embalagens devolvidas nas unidades de recebimento.
