Representantes da secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e da secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) iniciaram hoje um curso de capacitação do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). O gerente de Gestão da Superintendência da Defesa Civil da Sema, Gabriel Vitoreli, ressalta que o curso tem como objetivo principal treinar estes técnicos na operação e manutenção dos equipamentos utilizados pelo sistema.
O Sipam, criado em fevereiro de 2002, tem como objetivo integrar informações e gerar conhecimento sobre a Amazônia e, para isso, utiliza dados gerados por uma complexa infra-estrutura tecnológica, composta por subsistemas integrados de sensoriamento remoto, radares, estações meteorológicas e plataformas de dados que permite a comunicação dos parceiros com os locais mais remotos via telefone, fax ou intranet.
Capaz de promover o completo monitoramento da região e produzir informações em tempo próximo do real, o sistema tem, entre suas metas, contribuir com os órgãos parceiros no controle dos desmatamentos, no combate à biopirataria, na proteção dos parques nacionais, no monitoramento da ocupação e o uso do solo, na proteção das reservas indígenas, na defesa das áreas de fronteira. Busca ainda observar e divulgar as condições meteorológicas e auxiliar o trabalho da Defesa Civil, entre outros.
Segundo Vitoreli, hoje o sistema está funcionando em Mato Grosso com informações principalmente da área metereológica e de licenciamento, mas enfatiza que ele pode servir para outros diversos fins. “A Sejusp, por exemplo, nas áreas de fronteira pode criar um canal de comunicação com a capital através do Sipam. Este sistema já é um canal muito importante de informação para a Defesa Civil e para a Sema, principalmente pela rapidez na transmissão de informações”.
O Sipam é alimentado pelos dados gerados por sensores e pelos órgãos parceiros. A difusão das informações é feita por uma rede de telecomunicações que tem mais de 700 Terminais Usuários (VSATs) em operação nos nove estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Tocantins e também na Capital Federal, Brasília). Em Mato Grosso são mais de 100 terminais.
A integração das informações e da geração do conhecimento atualizado pelo Sipam permite a cada órgão parceiro planejar com segurança sua atuação em campo, contando com o apoio do sistema também na monitoração e controle das operações.
Estão participando do curso representantes da Superintendência de Defesa Civil da Sema, da Superintendência de Ações Descentralizadas da Sema, do setor de Tecnologia da Informação e dois representantes da Sejusp.