Trabalhadores da construção civil em Sinop podem entrar em greve a partir da segunda quinzena de agosto. A confirmação foi feita, ao Só Notícias, pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário da Região Norte de Mato Grosso (Siticom), Eder Pessine. O motivo é que até o momento o Sinduscon (Sindicato das Indústrias da Construção Civil), não aceitou o acordo que reajuste em 10% o salário dos trabalhadores da construção civil. A categoria também pede cesta básica, 1% de anuência (por cada ano trabalhado) e piso salarial de R$ 765. A resposta para a greve será dada em assembleia, provavelmente na próxima semana. Atualmente, são aproximadamente 800 trabalhadores em 15 empresas no município.
A última proposta apresentada pelo Sinduscon foi de 7% de reajuste e piso de R$ 587, mesmo percentual apresentado aos trabalhadores da indústria madeireira. O presidente do Siticom não descartou a possibilidade dos trabalhadores da indústria madeireira também entrarem em greve. “Vamos esperar a assembleia, porém, há possibilidade dos dois setores paralisarem atividades caso não paguem os 10%”, disse Eder.
Sexta-feira (6), 4 indústrias de móveis assinaram o acordo coletivo com o sindicato e o piso ficou em R$ 600 para os trabalhadores sem qualificação, R$ 650, após 6 meses de trabalho e R$ 765, após um ano. Os que possuem um tempo maior de serviço receberão 8% de aumento. Já as fábricas de artefatos de cimento concederam o reajuste de 10%, e piso de R$ 600 para não qualificados, meio-oficial R$ 700, e oficial R$ 900. Ao todo são 8 empresas, apenas duas assinaram o acordo, mas Eder disse que até o final do mês as demais devem aprovar o acordo.