
O coordenador jurídico do Procon, Bruno Hintz, explicou ao Só Notícias, que o órgão começou uma fiscalização assim que a greve acabou pedindo cópias das notas fiscais de compra e de venda para comparar o preço com as notas fiscais apresentadas pelos consumidores que compraram durante o desabastecimento. Os comerciantes responderam às notificações e agora é feita a tabulação dos dados.
“Antes mesmo de terminar todo o levantamento, já detectamos que houve aumento nos preços em alguns postos. Agora vamos pedir para eles esclarecerem quais são as razões deste aumento e se eles estão embasados com aumento autorizado pela ANP naquela semana. Se está autorizado, ok, mas, a princípio, não teve nenhuma autorização neste período de greve, então, logo tendo aumento, pode ser abusivo”, afirmou.
Hintz acredita que todo o trabalho ainda deve levar 50 dias para ser concluído. O Procon quer dar oportunidade para ampla defesa a fim de não gerar nulidade de todo o processo. Ao final, se constatado aumento abusivo, os comerciantes podem ser multados em valores que vão de R$ 6 mil até R$ 200 mil dependendo das irregularidades apontadas.


