O plano decenal de energia entre 2007 e 2016 projeta mais sete novas usinas hidrelétricas com previsão de entrada em operação entre 2014 e 2015. Os projetos que constam do plano estratégico do governo para a área de energia, elaborado pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), são Sinop, com 461 MW (megawatts), Colíder (342 MW), Teles Pires (1820 MW), Foz do Apiacás (275 MW), Magessi (53 MW), São Manoel (746 MW), todas em Mato Grosso, e Marabá (2160 MW), na divisa dos Estados do Pará e Maranhão.
Com a inclusão das novas usinas, a EPE estima agora que o acréscimo de energia nos próximos dez anos alcance 45 mil MW, em um cenário mais modesto, e 50,6 mil MW, num cenário mais otimista. No plano anterior, a expectativa era de um acréscimo de 40 mil MW.
Para o cenário mais modesto, a economia brasileira deve crescer em média 4,2% ao ano até 2016. Já na trajetória de maior crescimento o PIB teria uma variação média de 4,9% ao ano.
Segundo o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, os estudos de viabilidade desses projetos serão concluídos até meados de 2008. O acréscimo de energia corresponde a um montante de investimentos de R$ 133 bilhões para geração e de R$ 33,9 bilhões para transmissão, segundo Tolmasquim.
Na revisão do plano, a entrada em operação das usinas hidrelétricas do rio Madeira sofreram o atraso de um ano cada uma. A usina de Santo Antônio (3.150 MW) que, segundo a EPE deve entrar em operação em 2013 e Jirau (3.300 MW) deve começar a funcionar em 2012.
Pelos cálculos da EPE, em 2016, os grandes consumidores de energia –empresas ligadas aos ramos de alumínio, siderurgia, papel e celulose, petroquímica, entre outros– consumirão entre 133,8 terawatt-hora e 137,9 terawatt-hora. Hoje o consumo deles é de 81,7 terawatt-hora ou 21% do consumo total do país.
Segundo Tolmasquim, para gerar a energia necessária no cenário inferior será preciso construir uma usina de 12 mil MW. “É necessário dois complexos do Madeira para atender a esses consumidores”, afirmou.