Os trabalhos nas madeireiras de Sinop e região poderão ficar comprometidos a partir da próxima semana, caso a paralisação dos servidores do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) continue pelos próximos dias. De acordo com o vice presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad), Jaldes Langer (foto), ainda não há confirmações de madeireiras com trabalhos inviabilizados pelo movimento iniciado na segunda-feira (8), no entanto, a previsão é pessimista para o setor. “O empresário já está apreensivo hoje. A situação pode se agravar a partir da próxima semana. Se não tiver a classificação da madeira vamos pelo menos caminho dos frigoríficos e teremos que parar também”, explicou, ao Só Notícias.
A classificação da madeira é feita pelo Indea e, sem ela, fica inviabilizado o carregamento e o transporte do produto. “Entendemos a legalidade do movimento por parte deles (servidores), mas a paralisação afeta diretamente o setor produtivo”, lembrou Jaldes. Esta não é a primeira vez que o setor sofre as consequências pela falta de estrutura do órgão. Recentemente, caminhões carregados ficaram parados porque a certificação de produtos florestais não estava sendo realizada devido a problemas no sistema do órgão.
A paralisação dos profissionais do Indea iniciou na segunda-feira (8). Na ocasião, o Sindicato dos Trabalhadores no Sistema Agrícola, Agrária e Pecuário do Estado (Sintap) informou em nota que o movimento ocorreria até amanhã (11). No entanto, ontem, a entidade reforçou que as atividades continuarão paralisadas devido as deliberações feitas com os profissionais. Das 12 unidades do Indea no Estado, apenas uma se mostrou contrário ao movimento.
O Sintap aponta que falta condições de trabalho para os profissionais. Materiais como papéis, impressoras e tonners de tintas não estariam sendo fornecidos por falta de pagamento do Estado para os fornecedores.
Até o momento, o governo estadual não se manifestou sobre a paralisação.