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Sinop: mão única nas laterais da BR-163 tem impactos econômicos negativos para empresas

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Só Notícias/Wellinton Cunha (foto: Só Notícias/Lucas Torres/arquivo)

Com pouco mais de duas semanas de funcionamento com as ruas colonizador Ênio Pipino e João Pedro Moreira de Carvalho sendo mão única, a mudança tem gerado reclamação por parte dos comerciantes, de acordo com Associação Comercial e Empresarial de Sinop (ACES) e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). A alteração temporária é devido a construção simultânea de três viadutos e da reconstrução da pista existente da BR-163, na travessia urbana da rodovia, e deve seguir até o segundo semestre do ano que vem.

O presidente da CDL, Edmundo Costa Neto, afirmou que a entidade tem ouvido “muitas reclamações” e que sempre foi favorável à manutenção da mão dupla nas laterais. “A CDL tem essa manifestação, sempre foi pioneira no chamamento dos empresários, fizemos reuniões ano passado e foi aprovado por 99% dos empresários que têm empresas ali em volta da 163, que eles querem mão dupla. Só que no momento atual a gente tem que ter muita paciência, porque é uma obra milionária. Chegou progresso na nossa cidade e, pela segurança de quem está passando, trafegando em volta da 163, dos trabalhadores, no momento é mão única, por segurança”, ponderou.

Edmundo acrescentou que, assim que terminar o período previsto de obras, a entidade lutará pelo retorno da mão dupla, mas que a decisão é da prefeitura.

O presidente da ACES, Fábio Migliorini, disse, ao Só Notícias, que recebeu retorno de empresários que já sentem o impacto econômico, como em um posto de combustível localizado na João Pedro, próximo ao viaduto central. Na área, há constantes engarrafamentos e diminuição de fluxo de veículos nos estabelecimentos. “No Dia dos Namorados, por exemplo, trancou tudo e aí como os clientes deles não conseguem mais pegar o redondo e entrar para vir até o posto, eles precisam dar a volta lá por trás. E estando tudo trancado, zerou o movimento dele, ninguém entrou lá dentro. Então, ele ficou com buffet montado e perdeu o movimento praticamente numa data significativa para quem mexe com alimentação, só entrou quem realmente queria estar ali”, relatou.

Fabio ainda observou que grandes empresas como distribuidora de bebidas e revenda de carros também tem tido dificuldades com o fim da mão dupla. “Eles têm muito problema com cargas de caminhão, que entravam pela rua lateral (Ênio Pipino). Ali não tem como caminhão vir por trás. A fiação é baixa, as ‘cegonhas’ são altas, está gerando uma série de transtornos”, disse. Ele complementou que comércios menores também sentem o impacto, visto que a mão única inviabiliza curtos trajetos e clientes acabam optando por concorrentes fora desses locais, “mesmo você estando acostumado com a X, você vai na Y, porque a X é impossível de chegar agora, está dando um impacto bem forte no movimento das empresas ali na beira da BR”.

Na visão do presidente, houve falta de planejamento melhor. “Deveria ter aumentado a quantidade de faixas e feito uma mão inglesa, daí você teria o ir e vir, e também teria o espaço que precisa para trabalhar esse fluxo de caminhões”, disse. Ele observou que vias como avenida da Integração e estrada Silvana poderiam ter sido usadas também para desafogar o trânsito. “Claro que entre essas consequências e não ter a BR, a gente prefere ter as consequências e ter a BR. É um sonho antigo nosso, nós precisamos da BR e já passou da hora”, “a quantidade de carretas que passa versus a estrutura que ela tem não é compatível, mas a gente pode também pensar que em uma forma de amenizar esses problemas”, complementou.

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