O setor madeireiro do Nortão pode fechar o ano com queda na venda de madeiras para o mercado externo. O balanço deve ser fechado até o próximo dia 30, mas o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad), José Eduardo Pinto, apontou que o percentual negativo não deve ser expressivo. Um dos fatores foi a queda no dólar, no início do ano, que derrubou também a margem de lucro. Só as indústrias em Sinop negociaram cerca de US$ 5 milhões em madeira compensada e serrada para o exterior.
“O que conseguiu segurar o setor foi o mercado interno e está sendo feito um balanço para verificar o volume de vendas”, disse Eduardo, que atribuiu o aquecimento dos negócios feitos pelas indústrias de Mato Grosso para clientes em outros Estados ao incentivo dado pelo governo para o setor da construção civil, que consumiu mais madeira. Na construção civil, são utilizadas madeiras na forma como caibros para construção e acabamento de telhados, forros, na confecção e forma para o concreto.
A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) aponta que, de 2006 até o início deste mês de dezembro, as vendas de madeira totalizaram R$ 908 milhões. A comercialização feita no mercado nacional foi de 59,54%, 28% foram exportadas. Nestes 3 anos, 11% das vendas foram feitas dentro do Estado. Foram vendidas 381 mil 240 cargas de madeira representando 13 milhões metros cúbicos.
Sinop é apontada pela Sema como maior vendedora de madeira do Estado porque nela está instalada parte das maiores indústrias madeireiras do Estado. O município concentrou, sozinho, 14% de todas as operações realizadas.
(Atualizada às 11h44 em 12/12)