Mostrar que o pecuarista pode trabalhar no sistema integração e produção de carne, buscando principalmente a sustentabilidade, aumentando o giro de capital do produtor principalmente no período de entressafra quando as terras utilizadas para lavouras ficam paradas. Com este foco, o zootecnista Eduardo Henrique Kling de Moraes está ministrando, neste momento, em Sinop, uma palestra a pecuaristas, produtores, acadêmicos e técnicos agrícolas que participam do Simpósio Regional de Agronegócios. “Quando se fala em intensificação de produção, falamos em intensificar o que já se tem, não é preciso abrir novas áreas florestais e afetar o meio ambiente para melhorar nosso sistema de produção” explicou ele.
Segundo o zootecnista, é importante mostrar que o sistema de produção que se tem hoje, tanto da agricultura quanto da pecuária, da forma como está sendo feito em Mato Grosso, é insustentável. “O produtor tem que quebrar paradigmas, parar de achar que o que ele faz é totalmente correto e se abrir a novas idéias”, ressalta Moraes.
Ele cita que o custo não é alto. “Se o produtor for considerar o sistema de forragem de pastos na entressafra, só vai ter o gasto de implantação do pasto, porque vai aproveitar muito resíduo da adubação da cultura. Sai com o pasto mais vigoroso e aproveita a terra que ficaria parada, com animais em cima e ganhando peso”, explica.
Ele ressalta que as forragens a serem utilizadas tem ampla variedades. “Vai depender do que o produtor tem, em função da propriedade, eu tenho prioridade em relação às braquiárias pelo seu valor de crescimento. E também em relação a agricultura, tem poder de agregar matéria orgância para o solo, além de servir como palhada”, enfatiza.