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Sinop: inflação tem menor alta em 12 meses mas cesta básica fica mais cara

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A inflação teve a menor alta no município nos últimos 12 meses. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pelo Centro de Estudos Socioeconômicos da Universidade do Estado de Mato Grosso (CISE/Unemat), a alta foi de 0,16%, em dezembro. O índice só não foi menor que o registrado em fevereiro, maio e agosto, meses em que ocorreram deflações. O resultado também ficou abaixo da inflação nacional, que foi de 0,78% no mesmo período.

Os economistas observaram que a inflação local fechou o ano passado acumulada em 4,98% e, embora abaixo da média brasileira, “sofreu também com a pressão de alta nos preços dos alimentos, principalmente no segundo semestre do ano, decorrente dos efeitos de redução de oferta devido ao período de entressafra frente à demanda interna aquecida”.

Apesar disso, o CISE apontou que “ajustes de mercado já haviam ocorrido para antecipar as compras de final de ano e, consequentemente, os efeitos sobre a inflação geral no período foi mais branda”.

O item ‘vestuário’, que apresentou queda de 0,19% em relação ao mês anterior, foi um dos principais responsáveis pela leve alta. Para os especialistas, o período pós-compras de natal e a tendência de ajustes dos preços “favoreceram a queda, e isso ajudou a manter a taxa de inflação mensal baixa, visto que não houve outro item com elevação significativa”.

O item alimentação, que representa 23% da cesta de consumo, apresentou a maior contribuição para a alta da inflação, com impacto de 0,31%. Os preços também ficaram mais caros para alguns itens do grupo “legumes e hortaliças”, além de ‘carnes’ que teve preços ajustados para cima em 1,5% em média. Os demais itens da cesta de consumo se mantiveram estáveis neste mês.

Por sua vez, a cesta básica em Sinop ficou mais cara. Em novembro custava R$ 359,10 e, no último mês, passou a custar R$ 373,62, uma alta de 4,04%. A cesta básica em Sinop ficou significativamente mais cara neste período também em comparação com capitais como São Paulo, Brasília, Campo Grande e Goiânia.

Para os economistas, “a dinâmica da economia sinopense tem particularidades que acabam criando discrepâncias entre o que se observa aqui e o que ocorre no restante do país. Alguns custos de logísticas e as diferenças no padrão de consumo, por exemplo, permitem essas diferenças”.

De acordo com o relatório, a expectativa é que este ano seja “mais ameno e, logo nos primeiro meses, espera-se que a pressão de alta nos preços de alguns produtos (carnes, por exemplo) seja aliviada”.

Os indicadores são calculados mensalmente em Sinop, por uma pesquisa encomendada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). 

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