O diretor do Frialto, Pedro Bellincanta, confirmou, esta manhã, ao Só Notícias, que o frigorífico não foi vendido e não existe negociação em andamento. Ele sepultou rumores de que os proprietários estivessem vendendo a empresa, que é uma das maiores da região Norte e recentemente suspendeu grande parte de suas atividades, iniciando processo de desligamento de aproximadamente 550 funcionários. "Não há negociação. Não procede", confirmou, sepultando rumores que circulam nos últimos dias.
Pedro descartou, a curto prazo, retomar as operações de abate, comercialização e exportação de carne. "Não há expectativa de retomada (das atividades). Vamos ter reunião com sindicato e Ministério Público no dia 1º para definir o processo de demissão e os prazos". O planejamento de dispensar 550 funcionários está mantido. A empresa prefere não informar os valores da folha, mas estima-se que seria cerca de R$ 1 milhão/mês.
Bellincanta adiantou que uma parcela considerável dos funcionários que está sendo dispensada vai conseguir emprego a curto prazo. "O frigorífico está com programa de recolocação bastante avançada. Estamos trabalhando com uma empresa de Recurso Humanos para recolocar os profissionais no mercado. Temos expectativa de recolocar, no mínimo, 50% dos desligados em frigoríficos na região, na construção civil, comércio, fazendas e demais setores. Hoje, já temos empresas interessadas em contratar mais de 40 empresas funcionários que estão conosco porque sempre fizemos programas de treinamento de qualificação profissional".
Conforme Só Notícias já informou, o Frialto paralisou, na semana passada, suas atividades por falta de gado para abater. Estava trabalhando bem abaixo do ideal, operando com apenas 40% de sua capacidade. Para manter as atividades, ele afirmou que seria necessário o abate de 650 animais por dia – mensalmente, são cerca de 15 mil, mas estavam sendo menos de oito mil por mês.
A diretoria decidiu por paralisar as atividades e o primeiro passo foi conceder férias coletivas de 15 dias para os funcionários.