Cerca de 30% das obras do novo frigorífico de ovinos no Alto da Glória, em Sinop, foram concluídas até agora, nos setores de desossa e matança. De acordo com o empresário Gustavo Ugioni, os abates vão começar somente em fevereiro, não sendo possível o funcionamento em novembro, como previsto inicialmente.
A unidade está sendo instalada em uma área de 1,8 mil metros quadrados para atender a produção de toda a região, já que é o primeiro frigorífico de ovinos do Nortão. Inicialmente serão abatidas 200 cabeças/dia. A produção será comercializada em São Paulo, principal mercado consumidor de carne de ovinos no país.
Outro trabalho que vem sendo desenvolvido pelo empresário é o mapeamento da criação de ovinos no Estado. “Estamos praticamente com a pesquisa concluída e o número de ovinos catálogados no Estado superou muito nossa previsão. Sendo assim, constatamos que a oferta de animais para abate será maior que o previsto”, explicou.
A preocupação, segundo Ugioni, é que existe a necessidade de ter um crescimento ordenado da atividade. A falta de um frigorífico para destinar a produção é um dos entraves para alavancar a atividade, o que deve ser resolvido com a instalação da unidade em Sinop. “Nossa preocupação hoje é ter responsabilidade para não gerar uma falsa expectativa de mercado para produtores interessados em iniciar nesta atividade”, ponderou.
A dispensa de altos investimentos com tecnologias, já que os animais são rústicos e ocupam pouco espaço, além de reproduzirem-se com facilidade, são algumas das vantagens da ovinocultura e que estão levando produtores a investirem na atividade. Para iniciar a funcionar o frigorífico precisa de um rebanho de 40 mil matrizes, que vão garantir o abastecimento da unidade. Outra exigência é a qualidade genética nos rebanhos para garantir uma carcaça que atenda as exigências do mercado.
Esta preocupação também está resultando em altos investimentos no melhoramento genético e em inovações de manejo na produção de ovinos em Nova Mutum. A atividade vem ganhando espaço no município, que está se fortalecendo no mercado. Projetos desenvolvidos em três fazendas, desde 2003, são considerados casos de sucesso no Estado.