O protesto dos caminhoneiros contra o aumento do óleo diesel e gasolina já está tendo reflexos nas atividades de diversos segmentos da economia em muitas cidades. Algumas lojas de materiais de construção em Sinop, por exemplo, começaram a ficar sem cimento. Em pelo menos duas acabou o estoque, outras três estão 'racionando' a venda. Só Notícias apurou que em um estabelecimento está sendo possível comprar apenas 30 sacas por cliente. Em outras duas empresas a venda foi limitada a 10 por pessoa.
Os preços entre as empresas estão variando entre R$ 26,50 a R$ 28, dependendo da marca. Porém, nas empresas em que ainda é encontrado o produto, só há uma determinada marca.
Mato Grosso está tendo hoje, no terceiro dia de protestos dos caminhoneiros autônomos, bloqueios em 16 trechos de rodovias como a 163 e 364 onde estão parados centenas de carretas e caminhões carregados com materiais de construção, combustível, gás, gêneros alimentícios dentre muitos outros produtos. Só passam carretas com cargas vivas, além de ambulâncias. O bloqueio não tem data para terminar e é feito também em dezenas de Estados nas regiões Sul e Sudeste.
O governo está negociando com os caminhoneiros autônomos medidas para reduzir o preço do diesel. Mas, até agora, não foi fechado acordo. A redução da CIDE, por exemplo, outro imposto sobre os combustíveis, não traria redução significativa no preço final, nas bombas.
(Atualizada às 17:04h)