Diretores da União das Entidades de Sinop (UNESIN) e demais entidades se reuniram, hoje, com empresários e gerentes de empresas do segmento de elevadores, prestadores de serviços e representantes da prefeitura para discutir problemas recorrentes no funcionamento de elevadores em estabelecimentos comerciais. Foram discutidas soluções para inúmeras falhas técnicas relatadas por empresários que têm elevadores em suas empresas.
O presidente da UNESIN, Cleyton Laurindo, explicou que os contratos entre as empresas de administração dos condomínios (onde funcionam empresas) e as fabricantes de elevadores geralmente não permitem manutenção e nenhuma intervenção de empresas terceirizadas quando ocorre falhas como o elevador parar quando há oscilação na rede de energia. “Existe caso de elevador parado em edifício de Sinop por mais de 30 dias, e as empresas simplesmente não apresentam uma solução. O grande problema é o baixo número de técnicos especializados dessas empresas que prestam serviços de manutenção. A única pessoa qualificada para prestar esse tipo de socorro é o técnico da empresa fabricante, só que esse técnico da empresa fabricante atende de Nova Mutum ao sul do Pará, então são dezenas de municípios, centenas de edifícios.”
Quando há problemas nos elevadores, que param entre andares e as pessoas ficam ‘presas’, são chamados os bombeiros, o que gera um problema maior, de acordo com Laurindo. “A forma que o militar está treinado é desencarceramento e pra fazer isso muitas vezes ele danifica o equipamento. Então, o condomínio é obrigado a assumir o reparo porque o socorro foi feito por equipe que não era autorizada pelo fabricante. Então, existem relatos inclusive que o socorro está sendo feitos pelas empresas de gestão de condomínio, o que é um absurdo porque se houver um acidente mais grave é o síndico ou o cara da gestão de condomínio que vai ser culpado criminalmente”, explicou o presidente da UNESIN.
Para reverter esse quadro, foi aprovado por todos os presentes que a comissão que elaborará a minuta de projeto de lei será coordenada pela Associação dos Engenheiros e Agrônomos do Norte de Mato Grosso – AENOR e pela Associação dos Arquitetos e Urbanistas do Norte de Mato Grosso – ARQNORTE, sob supervisão de representantes das construtoras e fabricantes de elevadores, do Procon, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da concessionária fornecedora de energia em Sinop, secretaria de Planejamento Urbano, de entidades associadas à Unesin e da ACES. Quando estiver pronto, o projeto deve ser apresentado, na câmara municipal, pelo vereador Dilmair Callegaro, ainda sem data definida. “Essa lei, se ela for muito bem montada, ela vai ser um instrumento inédito em nosso país porque não existe nenhuma mobilização, em nenhum outro caso, em nenhum outro município”, concluiu Laurindo.
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