O Banco Central do Brasil divulgou no início da semana que a previsão de crescimento econômico em 2013 está em 3,1%. Alguns setores devem manter um ritmo estável de desenvolvimento, como é o caso do segmento da construção civil, mercado de seguros e automobilístico.
As seguradoras e corretoras viram a busca por seguros aumentar em torno de 20% em 2012. Segundo dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNseg), a arrecadação do setor correspondeu a cerca de 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Grande parte deste incremento da arrecadação do mercado segurador se deve ao aumento do poder aquisitivo das classes C e D.
Para o proprietário da Curado Corretora de Seguros, Norival Curado, esse crescimento do setor é algo esperado e projetado desde 2007. "O seguro é uma das negociações mais antigas do mundo e seu crescimento é algo normal, previsto. As pessoas não veem mais o seguro como um custo e sim como um investimento. Desde 2007 que a expansão média do setor tem sido de no mínimo 13%", informou Curado.
Para 2013 o mercado promete continuar promissor e o acesso à informação também deve estimular ainda mais a procura por seguro. "O setor já melhorou muito sua comunicação com o público. Atualmente as pessoas têm mais informação sobre o que é um seguro, suas vantagens e qual a forma mais segura de se contratar os serviços. Ainda falta expandir mais essas informações, mas avançamos cada vez mais. Exemplo disso é o fato de algumas seguradoras terem registrado crescimento entre 20% e 25% no ano passado, média que provavelmente será mantida em 2013", declarou o corretor.
Para este ano, o carro chefe do setor deverá continuar sendo o seguro de automóveis e empresarial. "Outro setor que irá estimular o mercado será o da construção civil, visando também as obras para a Copa de 2014", afirmou Curado.
Os incentivos do governo federal para a construção civil fizeram com que o brasileiro construísse mais em 2012. No início de dezembro o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou uma série de medidas para estimular o setor em 2013, entre elas a desoneração da folha de pagamento e a redução da alíquota do Regime Especial de Tributação sobre o faturamento de 6% a 4%.
O governo também deve disponibilizar, para o segmento, capital de giro com preços e prazos competitivos, concessão rápida e utilização ágil e simplificada. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor de construção civil foi o terceiro que mais contratou no ano passado, com o registro de 149,3 mil empregos formais.
Para o engenheiro civil, Miro Teodoro dos Anjos, o setor deve manter um ritmo estável de crescimento este ano. "Não será na mesma proporção do ano passado, mas o segmento deve crescer entre 7% e 10% com relação a 2012, que foi um ano em que o mundo acordou para essa nova matriz da economia. Acredito que haverá uma estabilidade nas taxas de desenvolvimento do setor", explicou o engenheiro civil.
Veículos – As prorrogações de redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) realizadas em 2012 levaram diversos consumidores as concessionárias de todo o país. A Fenabrave, entidade que abriga as concessionárias de veículos, prevê um crescimento de 3% nas vendas nacionais de automóveis e comerciais leves. A entidade afirma ainda que o mercado automobilístico costuma evoluir 20% acima do desempenho da economia como um todo.
A Paloma Veículos, Concessionária Fiat, com matriz em Sinop e filiais em Sorriso e Lucas do Rio Verde, respondeu por 36% do volume de vendas na região Norte do estado. Segundo o diretor Gustavo Oliveira, a empresa trabalha com uma estimativa de crescimento de 10% em 2013. "Com base em nosso desenvolvimento registrado ano passado, estimamos que em 2013 tenhamos um avanço de 10%. Fatores como uma boa safra, evolução do comércio, a chegada de novos cursos de ensino superior e instalação de órgãos públicos também influenciam para o aumento no volume de vendas", acrescentou Oliveira.
De acordo com o diretor da Paloma, a empresa tem mantido o treinamento e a capacitação dos funcionários para melhor atender aos clientes, visando a demanda gerada pela redução do IPI, que foi prorrogada mais uma vez até junho. "Iremos atender aos clientes da melhor maneira possível, esperando que a indústria automobilística atenda a demanda de todas as concessionárias", finalizou.