A chamada encerrada no meio, ligações não completadas e a deficiência no sinal. São alguns dos problemas relatados pelos usuários da telefonia móvel em Sinop, que se acentuaram nos últimos meses e também tem preocupado os empresários. O vice- presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACES), Nilson Lopes, destacou que ainda não há estimativa de prejuízos mas é avaliada uma ação na justiça, devido aos transtornos gerados quando empresários precisam fechar negócios, atender clientes e demais compromissos.
Nilson classificou as falhas como desrespeitosas ao consumidor. “Se não dá certo a ligação, tenta de novo. Mas é um desrespeito cobrar por um serviço que não de é qualidade. Hoje, muitas pessoas utilizam o celular como de contato para obter renda”, destacou.
Ainda não é concreto se a ação deve ser movida, no entanto, Nilson lembrou o caso das falhas no serviço de internet por meio da mesma empresa que disponibiliza telefonia fixa. “Foi movida ação na justiça, gerou-se um debate e ela acabou sendo multadas”, explicou. O valor da penalidade passou de R$ 3 milhões.
Não há estimativa do número de linhas móveis existentes em Sinop, no entanto, no Estado passam de 4 milhões, de acordo com a Anatel. As falhas inclusive motivaram abertura de uma CPI na Assembleia Legislativa. Os membros apresentaram esta semana, ao Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia Móvel- SindiTeleBrasil, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que tem objetivo de melhorar o serviço. A proposta foi formulada juntamente com Ministério Público Estadual, OAB, e Procon.
O diretor do SindiTeleBrasil, José Américo Leite Filho, disse que uma das alternativas para que haja o melhoramento dos serviços ofertados pelas telefônicas é a revisão na legislação. “Atualmente, a lei restringe a implantação de novas tecnologias e isso, prejudica a atuação das empresas para atender às demandas geradas pelo avanço tecnológico”, argumentou.


