O Sindusmad – Sindicato das Indústrias Madeireiras – começou um planejamento para tornar Sinop e a região Norte de Mato Grosso polo de exportação de madeira. O CIPEM – Centro das Indústrias Exportadoras de Madeira – e a Federação das Indústrias de Mato Grosso – FIEMT- estão reforçando o plano. Há cerca de 60 empresas com capacidade de exportação e que, atualmente, tem a maioria de suas vendas no mercado interno. O objetivo é abrir novos mercados no exterior e ter maior rentabilidade.
Em Sinop, cerca de 10% das indústrias estão exportando. "O estudo está em andamento. Estamos fazendo levantamento da oferta de matéria prima, as empresas que têm interesse em negociar no exterior, identificando mercados-alvo em diversos países para também termos melhores alternativas de negócios. Este estudo é o principal pilar a ser concluído. CIPEM e FIEMT com seus técnicos estão fazendo uma ampla pesquisa para termos um raio-x da capacidade de produção, quais produtos os importadores estão comprando mais e coleta de dados de gerais para consolidar o polo", explicou, ao Só Notícias, o presidente do Sindusmad, Sigfrid Kirsch.
Esse plano é a médio prazo. "Acreditamos que, em um ano, possamos consolidar esse polo exportador. Já temos uma boa estrutura na maioria das indústrias, matéria prima de qualidade, de origem legal, mão de obra de qualificada e chegou o momento de buscar mais alternativas externas", acrescenta o presidente. Bélgica, Estados Unidos, Portugal, França, Japão, Argentina, estão, atualmente, entre os principais compradores. "Há muito mais mercado", acrescentou. A maior parte dos produtos vendidos é deck, usados ao redor de praças, marinas, e demais locais.
Kirsch avaliou ainda que o setor madeireiro mato-grossense está com expectativa de melhores negócios neste semestre, principalmente no setor das exportações. O câmbio na faixa de R$ 3,30 é favorável a bons resultados para as indústrias. "Esperamos que chegue até R$ 3,40 para as vendas externas se tornarem atraentes novamente. Os economistas apontam esta tendência. Atualmente, estamos no limite de margem de lucro para vendas externas. Se o câmbio baixar um pouco mais, fica inviável. Estamos quase empatando, mas os industriais que operam no exterior estão otimistas", concluiu.