Alguns itens da resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que normatiza o transporte de toras e madeira bruta, estão sendo questionados por indústrias madeireiras da região. O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad), Jaldes Langer, disse que um levantamento está sendo feito com empresários do setor e uma contra-proposta deve ser apresentada, sugerindo alterações na resolução.
Ele destacou que o setor é favorável à regularização mas “achou que não se adapta a realidade da região de floresta nativa”. Um dos itens questionados é a altura dos fueiros (ferros na lateral da carroceria), de 1,5 metros. Langer explicou, ao Só Notícias, que o transporte na região é feito em forma de pirâmide e esse sistema não é utilizado. “Já o cumprimento das toras e a proteção na frente do caminhão foi aceita pelo setor”, enfatizou.
Ele também declarou que a Federação das Indústrias do Estado do Mato Grosso (Fiemt) iniciou negociações com o Contran e deve enviar as propostas, que também são elaboradas pelo Sindicato das Indústrias de Laminados de Mato Grosso (Sindilam) e serão unificadas. Uma das preocupações é que o descumprimento da norma pode resultar em multas e perda de pontos na CNH de motoristas, além da retenção de carretas e caminhões.
A atividade madeireira está entre as bases da economia dos municípios do Nortão, que concentra os maiores exportadores de madeira do Estado.