O presidente do Sindusmad (Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso), Jaldes Langer, disse há instantes, ao Só Notícias, que o reajuste salarial de 18%, proposto ontem, pelos trabalhadores do setor madeireiro de Sinop, talvez não poderá ser concedido na totalidade neste ano.
“Esse é um índice que deve ser negociado. Vamos fazer uma mesa redonda com o Siticom (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria, Construção e do Mobiliário da Região Norte de Mato Grosso) e depois repassar aos empresários. Acredito que, até mesmo por causa do reajuste anual que vai ter em maio, não será possível absorver os 18% este ano, talvez metade desse valor, mas sem nada confirmado, ainda. Temos, primeiro, que ver os índices de inflação e depois analisar a situação de ambos os lados, tanto trabalhadores, quanto empresários”, reforçou.
Os trabalhadores propuseram que este reajuste seja feito em cima da base salarial de cada um que varia de R$ 300 a R$ 423, com média salarial de R$ 400 a R$ 1,2 mil. Em Sinop, existe cerca de 4 mil trabalhadores e aproximadamente 30% trabalham sem carteira assinada.
Outros assuntos debatidos durante a assembléia foram a segurança no trabalho, que deverá ser melhorada com a implantação do Centro de Referências em Especialidades em Saúde do Trabalhador, e a discriminação do trabalho feminino. Hoje as mulheres trabalham nas mesmas funções dos homens e recebem menos.