O Sindicato dos Empregados em Estabelecimento Bancário e Ramo Financeiro de Mato Grosso (Seeb-MT) está preocupado com a possibilidade de demissões de funcionários do setor com a fusão dos bancos Itaú e Unibanco. O presidente da entidade, Arilson Silva, diz que no mínimo vai haver redução de crescimento do Itaú, que previa para os próximos meses abertura de mais duas agências em Cuiabá e Várzea Grande. “O histórico de fusões nos mostra que sempre há impacto negativo para o emprego”.
Silva destaca que a notícia da fusão também só chegou ontem ao movimento sindical, por isso ainda não há nada oficial sobre o assunto. Contudo, o sindicalista diz que como dificilmente se consegue garantias que não vai haver demissões, o Seeb-MT vai procurar a direção dos bancos envolvidos para tentar compromisso de não redução de quadros.
De acordo com o presidente do Seeb-MT, nos últimos anos o Itaú vinha crescendo muito no Estado, com abertura de seis novas agências em Cuiabá e Várzea Grande, com previsão de abrir mais. A grande preocupação de Silva é que com a fusão isso não aconteça, porque nessas situações, normalmente, os bancos têm aumentada a quantidade de contas, mas reduzida a estrutura. “Por exemplo, eles não costumam manter duas agências próximas uma da outra. No caso do centro de Cuiabá e do Coxipó, as agências do Unibanco e do Itaú estão bem perto”.
O Itaú tem atualmente no Estado 150 funcionários, o Unibanco tem 90. Isso funcionários diretos, sem contar estagiários e jovens aprendizes. A perspectiva do Itaú era chegar a 200 vagas nos próximos meses, segundo Silva. “Às vezes esse é o melhor emprego que se tem na família, por isso estamos preocupados com a possibilidade das vagas não serem abertas”. Por enquanto, os dirigentes dos bancos garantem publicamente que não haverá mudanças.