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Sicredi faz lançamento em Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Cuiabá do Catamoedas

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Na hora de pagar a conta, em dinheiro, quem nunca ouviu da operadora de caixa “o senhor ou senhora tem moedas”? Seja no supermercado, na padaria, na lanchonete, no restaurante ou na farmácia, a maioria dos consumidores é indagada se tem moedas para ajudar na operação, devido à dificuldade diária em juntá-las para dar o troco. É pensando em minimizar este problema e também para incentivar a população a poupar, que o Sicredi é pioneiro ao lançar o Catamoedas. O equipamento é instalado dentro da agência e a pessoa, associada ou poupadora na instituição financeira cooperativa, pode efetuar o depósito de suas moedas na conta poupança ou na corrente.

Por meio de uma máquina personalizada e interativa, que permite depositar moedas em conta corrente ou poupança, o Sicredi quer incentivar os associados a trazerem as moedas guardadas no cofrinho dos filhos, no fundo das gavetas ou no console do carro, para o uso novamente e ainda estimular o hábito de poupar, mostrando que pequenas quantias aplicadas com frequência também podem contribuir para a realização de sonhos.

“Estamos estimulando os associados a depositarem suas moedas. Instalamos em algumas agências um Catamoedas para cooperar com o associado e com o meio ambiente. É só trazer suas moedas e depositá-las na sua conta poupança ou conta corrente. Além de gerar troco, conseguimos reduzir os custos com a emissão de novas moedas e evitamos impactos ambientais. Além disso, o associado economiza para tirar seus planos do papel”, considera o presidente da Central Sicredi Centro Norte, João Spenthof.

A ação envolve inicialmente 86 agências em território nacional, sendo 16 delas em Mato Grosso. No Estado, elas estão localizadas nas agências do Sicredi em 11 cidades: Cuiabá, Campo Verde, Tangará da Serra, Rondonópolis, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Sorriso, Sinop, Alta Floresta, Colíder e Juína. Na Capital, duas agências estão equipadas com o Catamoedas, nos bairros CPA 2 e Tijucal. Rondonópolis, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde também contam com dois Catamoedas cada. A máquina aceita moedas de 5, 10, 25 e 50 centavos e de 1 real.

Em Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Cuiabá, o lançamento das máquinas Catamoedas aconteceu simultaneamente nesta segunda-feira, 4, e contou com a presença de alunos de escolas que fazem parte do programa A União Faz a Vida, que puderam inaugurar a máquina e também receber dicas de educação financeira. Na avaliação da coordenadora do Centro Integrado Educar, Cleci Fátima Nunes, a iniciativa vem ao encontro da proposta da escola, que já trabalha a educação financeira com os alunos. “Achei muito interessante, porque vem realmente incentivar a criança e o adulto a economizarem e direcionarem as suas economias para uma poupança, para que possam aprender a planejar seus sonhos de forma mais concreta”.

A iniciativa do Sicredi é uma aliada da campanha do Banco Central, que estimula os brasileiros a colocarem as moedas em circulação. Dados da autoridade monetária, divulgados em agosto, mostram que 35% das moedas emitidas no Brasil estão fora de circulação, gerando custo ao país com a emissão de novas moedas e prejuízo aos estabelecimentos e clientes devido à falta de troco.

Conforme o BC, o custo de suprimento de moedas alcançou R$ 243 milhões em 2016. A quantidade de moedas atualmente atinge R$ 6,3 bilhões em valor, o que corresponde a uma disponibilidade de R$ 31 em moedas por pessoa, equivalentes a 123 moedas por habitante. No ano passado, 761 milhões de novas moedas foram colocadas em circulação, 11% a mais que a quantidade de 2015 (685 milhões). Este ano, até julho, foram 434 milhões de novas moedas. Na avaliação do gerente do Sicredi em Lucas do Rio Verde, Cláudio Tomazoni, a máquina terá dois grandes benefícios: o incentivo à poupança e o retorno das moedas para circulação no mercado. “Com esta estrutura que recebe moedas e disponibiliza para aquelas pessoas que precisam de troco, nós acreditamos que vai facilitar a vida de muitas pessoas”, destaca.

Quem lida com moedas e tem um desafio diário na formação do troco é o setor supermercadista. O presidente da Associação de Supermercados de Mato Grosso (Asmat), Alessandro Morbeck, afirma que as dificuldades para adquirir moedas aumentaram muito. “As operadoras de caixa ficam sempre pedindo para os clientes trazerem moedas de casa. Isso virou rotina, para ajudar na hora de dar o troco. A ação do Sicredi com o Catamoedas pode facilitar na arrecadação de moedas e colocá-las novamente em circulação no comércio”, avalia o presidente da entidade, que representa 150 supermercados no Estado.

Esta também é a expectativa do empresário e presidente da CDL em Nova Mutum, Roberto Giequelin. Em sua empresa, ele chega a acumular perdas de 400 reais por mês em virtude dos descontos que precisa conceder aos consumidores pela falta de moedas para troco. “Aqui em Nova Mutum o problema das moedas é muito grave, eu acho que esta máquina vai vir para nos ajudar muito, porque vai incentivar o recolhimento. Nós temos muita gente guardando indevidamente, prejudicando a circulação das mesmas no mercado, e isso nos atrapalha e muito”.

Catamoedas na prática

A assessora de Negócios Pessoa Física da Central Sicredi Centro Norte, Juliana Rodrigues, afirma que o depósito no Catamoedas é fácil e rápido. Ela lembra que os equipamentos estão instalados dentro das agências, portanto, os associados devem ir às unidades no horário expediente bancário. “O uso é simples. É só digitar na máquina o número da agência e da conta para o depósito e colocar as moedas no local indicado. A contagem é automática e aparece na tela do equipamento, dando total transparência ao processo. Ao final sairá o comprovante do depósito”, explica.

Segundo Juliana, não há limite mínimo nem máximo de moedas para usar o equipamento no depósito. As cooperativas do Sicredi também realizarão ações itinerantes, levando o Catamoedas a locais estratégicos como eventos, feiras e escolas.

Vale ressaltar que as moedas depositadas no Catamoedas serão recolhidas pela própria agência que dará entrada delas no caixa. A partir daí são duas destinações possíveis: as moedas podem virar troco na própria agência, voltando a circular no mercado local; ou podem ser recolhidas pela empresa de transporte de valores para que sejam ofertadas a estabelecimentos que tenham necessidade de troco.

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