quarta-feira, 11/dezembro/2024
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Setor pecuário pedirá socorro a Blairo

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Os deputados estaduais os presidentes da Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso), Mario Candia e da Famato (Federação da Agricultura de MT), Rui Prado, se reunirão com o governador Blairo Maggi para pedir a interferência do Estado e uma solução emergencial para a crise no setor. A definição saiu de encontro, ontem, pelo grupo de debates da crise econômica Mundial e do setor agropecuário da Assembleia Legislativa. A falta de capital giro para muitos frigoríficos mato-grossenses está atransando o pagamento de pecuaristas que vendem o gado. Além do encontro com Blairo, com data a ser definida, para apresentar os números da crise e pedir ações urgentes, também consta da pauta a organização do setor já que a fragilidade das entidades provoca a exposição dos pecuaristas; a implantação de uma política de garantia de preço mínimo para bovinos, sendo medida emergencial a ser tomada pelos produtores através da Acrimat e pelos frigoríficos; além de buscar subsídios para enfrentamento das dificuldades.

O deputado Otaviano Pivetta (PDT) – coordenador do grupo para a discussão da crise – esclareceu a prudência em se começar as discussões pelo setor da pecuária devido ao caos instalado há alguns meses e que se agrava com o pedido de recuperação judicial de frigoríficos.

“O crédito sumiu e gerou a quebradeira de um dos setores que injeta dinheiro no mercado. Como legisladores, temos o dever de ajudar o Estado a manter a sua arrecadação e, como representantes do povo, de garantir emprego e geração de renda”, disse Otaviano Pivetta.

De acordo com ele, hoje a pecuária de Mato Grosso não se sustenta, pois possui um plantel de 25 milhões de cabeças e abate 4 milhões por ano, com taxa de desfrute de 15%, quase empata com a taxa Selic que é de 12%. “O governo deve intervir e rápido”.

De antemão, Otaviano quis saber do secretário de Desenvolvimento Rural, Neldo Egon, se o Governo do Estado possui algum plano emergencial. “Programa específico não existe. Mas estamos atrás de solução junto ao Governo Federal”, argumentou o secretário.

A crise da pecuária se instalou em Mato Grosso desencadeada pela crise mundial financeira, que fechou as linhas de financiamento, situação que atingiu em cheio as indústrias frigoríficas, que ficaram em débito com o produtor e este, por sua vez, também não pode honrar seus compromissos financeiros.

Segundo o pecuarista Marcos Rosa, integrante da Famato, a raiz da crise da pecuária está fincada na crise dos alimentos, iniciada em 2008. “Com a falta de alimentos, os grandes frigoríficos cresceram o olho e vieram com muita sede, sem saúde financeira. Vejo isso como uma irresponsabilidade. E agora os pecuaristas se veem obrigados a dar sustentabilidade aos frigoríficos”.

Diante da iniciativa dos deputados, o presidente da Acrimat, Mario Cândia, disse estar otimista. “Com essas deliberações vemos que agora os deputados vão batalhar para que essas ações sejam implantadas”.

Também participaram da reunião José Ávila, do Fundo Emergencial da Febre Aftosa (Fefa/MT), José Bernardes, da Acrimat, Décio Coutinho, do Indea, Valdir Correa da Famato, Antonio Carlos Sousa (Fefa/MT), os deputados José Domingos, Jota Barreto, Percival Muniz, Guilherme Maluf e Adalto de Freitas.

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