Amanhã ocorre mais uma etapa da negociação entre o governo estadual e os industriais madeireiros para definir o impasse sobre a pauta da madeira, iniciado no mês passado. O setor de base florestal vai apresentar oficialmente a proposta de um reajuste de 12%, dividido em duas parcelas.7% em março e 5% em julho.
Os empresários são totalmente contrários a pauta apresentada pelo governo, instituída pela Portaria 143/2006 e prevista para entrar em vigor no próximo dia 1° de fevereiro, que tem um aumento na média de 44%. Caso a Secretaria Estadual de Fazenda não aceite negociar o reajuste da nova pauta, o setor irá tomar todas as medidas judiciais cabíveis para que essa portaria não entre em vigor no mês que vem.
A proposta do setor deve ser apresentada pelo assessor ambiental da Fiemt( Federação das Indúistrias de Mato Grosso), Álvaro Leite. Os empresários argumentam que o aumento iria pesar significativamente para as indústrias, que perderiam mercado para concorrentes do Pará e Rondônia, onde a carga tributária é menor. As espécies cedrinho e o cambará, por exemplo, entre as mais comercializadas no Estado, foram pautadas em R$520 o metro cúbico, enquanto que a pauta do Pará é de R$240. A diferença representa 116% entre os dois Estados.
Para subprodutos como o cabo de vassoura, a nova pauta estipula o valor em R$ 435,00 o metro cúbico, enquanto que no Pará este mesmo subproduto é vendido a R$ 98,27 e Rondônia não tem pauta para este produto. A madeira é o terceiro produto em maior volume de exportações em Mato Grosso. Somente em Sinop, no ano passado, foram movimentados US$38 milhões com a venda de madeiras para o mercado externo.
Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad), Jaldes Langer, para o mercado interno as previsões não são tão boas. Jaldes lembrou que o aumento na carga tributária, com reajuste na pauta da madeira, não está motivando os empresários.