O secretário de Meio Ambiente, Luiz Daldegan, deve receber duras cobranças hoje, de sindicatos do setor de base florestal do Estado. Durante uma reunião marcada para às 17 horas, os industriais cobrarão explicações sobre a implantação de uma força-tarefa na pasta para análise de planos de manejo, necessários para as madeireiras retirarem tora e trabalharem. A proposta foi feita no mês passado.
O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad) – que representa indústrias em mais de 30 municípios do Nortão – José Eduardo Pinto, declarou, ao Só Notícias, que também vai questionar o secretário sobre pequenos entraves que resultam na morosidade em alguns processos. “São entraves do dia-a-dia simples de resolver e que se tiver boa vontade do secretário podem ser resolvidos”, criticou o presidente.
Segundo ele, algumas medidas vem sendo tomadas, depois de “fortes cobranças do setor, mas queremos ver resultados e é um processo demorado. Alguns planos de manejo foram liberados mas não no ritmo esperado”.
A instalação da CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito – para apurar irregularidades na pasta e as principais dificuldades para liberação de projetos e licenças também é apontada pelo segmento como fator decisivo para a agilidade no órgão responsável pela gestão florestal no Estado.
A região Norte concentra os municípios com maior volume de madeira comercializada no Estado e, muitos, dependem da atividade. Nos últimos anos, o setor foi alvo de várias operações contra crimes ambientais, muitas madeireiras fecharam e outras paralisaram parcialmente os trabalhos.
A Sema assumiu a gestão florestal no ano passado, com objetivo de dar agilidade nos processos e desburocratizá-los, mas as constantes reclamações estão colocando em descrédito esta meta.