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Setor madeireiro diz que Fórum Ambiental ficou abaixo das expectativas

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A realização do `I Fórum Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade´, com o objetivo de definir diretrizes e prioridades para a Política Ambiental do Estado, contou com a participação do Conselho Temático de Meio Ambiente (Contema) da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) e do setor madeireiro, representado por Sindicatos de várias regiões do Estado.

Grande parte do setor madeireiro participou da Oficina ‘Política Ambiental para Floresta’, que teve maior público entre as outras sete oficinas realizadas no fórum. De acordo com o diretor do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado (Sindusmad), Fernando Pagliari, o fórum foi positivo para a discussão da política ambiental, porém frustrou a expectativa do setor. “Elogiamos a iniciativa do governo na realização do evento, mas ficamos preocupados com a forma que a discussão foi conduzida. Não houve tempo hábil para abordar os assuntos necessários”, enfatizou ele.

Para o presidente do Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte de Mato Grosso (Simenorte), Augusto Francisco dos Passos, a discussão voltada para área técnica foi praticamente inexistente. “A atuação vista no fórum foi muito mais ideológica ambientalista do que técnica. Vimos um radicalismo muito forte na condução das discussões”, destacou.

“São muitos assuntos a serem discutidos, e o fórum abordou muitos temas durante as oficinas. É necessário discutirmos primeiramente a questão do desmatamento e o aproveitamento da matéria-prima”, alertou o presidente do Sindicato das Indústrias de laminados e Compensados do Estado (Sindilam), César Mason.

Um dos palestrantes da Oficina ‘Política Ambiental para Floresta’, proprietário da Rohden Indústria Lígnea Ltda/MT, abordou a Experiência de Manejo Florestal do município de Juruena. “Iniciamos nosso trabalho em 1990 e levou dois anos para que o órgão responsável aprovasse o projeto de manejo florestal. Essa foi a primeira decepção que tivemos”.

Ele se queixou da excessiva burocracia, principalmente por parte do órgão oficial do governo federal, o Ibama. “Desde fevereiro, estamos com um projeto à espera de aprovação. O projeto já foi protocolado, mas até hoje, o Ibama não fez a vistoria na área. Também continuamos sem ATPFs (Autorização para o Transporte de Produtos Florestais) para trabalhar. Tentamos heroicamente trabalhar, e não temos o apoio”, disse.

Em uma audiência realizada ontem (4), com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o presidente da Fiemt, Nereu Pasini, entregou um documento contendo esclarecimentos, reivindicações e sugestões do setor da base florestal do Estado. “Hoje a saída dos projetos de manejos, que dão origem a matéria-prima, estão parados porque o Ibama não tem analista, engenheiro e procurador para analisar os processos. Queremos que esse processo seja simplificado”, disse.

Além disso, Pasini ressaltou a importância de definir regras claras para liberação dos projetos de manejos sustentáveis e agilização na liberação de processos dentro do Ibama. “Temos que buscar alternativas para solucionar o engessamento criado com a edição da Medida Provisória nº 2166, com relação a averbação de reserva legal de 50% para 80%. Estamos preocupados com a questão social no Estado. A previsão é de que se essa situação perdurar, 15 mil pessoas estarão desempregadas até o final do ano”, alertou ele.

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