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Setor madeireiro debate operações e quer agilidade da Sema

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Entidades de classe e lideranças políticas estão programando uma reunião, na semana que vem, para debater as constantes operações ambientais realizadas no Norte do Estado. Elas temem que os efeitos sejam ainda maiores que o proposto e afetem outros importantes segmentos da economia. A mais recente operação, esta semana, foi a ‘Guilhotina’, onde foram presos madeireiros, engenheiros, servidores da Sema e empresários acusados de crimes ambientais, fraudes em planos de manejo florestal (obrigatórios para extrair madeira das florestas), venda de documentos florestais e formação de quadrilha.

Para o presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira (Cipem) do Mato Grosso e do Sindusmad, Jaldes Langer, as operações vêm sendo realizadas de maneira taxativa. “As operações atuais não estão trazendo amparo para o setor e os empresários, ou seja, há apenas a prisão mas não uma continuação ou maneira dele ainda permanecer na atividade”, argumentou.

Segundo Langer, a categoria pede novas saídas. “Queremos contrapor a forma como vêm acontecendo. Não adianta apenas vir e prender o madeireiro, expô-lo a prisão na frente dos filhos… especialmente porque bastaria serem intimados para dar uma explicação no órgão responsável, o que não acontece”, contestou. A classe segue apreensiva com os efeitos gerados. “Um exemplo é o CC Sema. Quando é bloqueado não se consegue fazer nada em uma empresa. A operação ainda não acabou e não sabemos se tem mais gente para ser presa e terão o cadastro bloqueado”, acrescentou.

A previsão é que a reunião aconteça até a quinta-feira. “Queremos tomar frente aos trabalhos, conhecer as partes legais e jurídicas, o teor das prisões, enfim, chamar a sociedade para que participe conosco e alertar sobre a estagnação dos órgãos que serviriam para dar apoio mas que não dão, como Sema, Incra entre outros”, concluiu.

O setor madeireiro continua sendo a base da economia de diversas cidades da região Norte e muitas indústrias enfrentam uma grande lentidão da SEMA – Secretaria Estadual de Meio Ambiente- na liberação de projetos de manejo para extrair matéria prima. Há empresas que esperam há mais de 4 meses para obterem autorização e extraírem madeira.

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