O setor de base florestal mato-grossense vem aprimorando o Manejo Florestal Sustentável mostrando que está conseguindo conciliar desenvolvimento econômico com conservação ambiental. Este fato ficou evidenciado no estudo da organização não governamental Imazon, no qual demostra que, a qualidade do manejo realizado no Estado, melhorou em 316%, subindo de 2,4 mil ha em 2011 para 10 mil ha em 2012. O estudo também mostra imagens de satélite, onde, em 99% das áreas de manejo florestal avaliadas entre agosto de 2007 e julho de 2012, a floresta foi mantida em pé. Isso prova que, quanto mais áreas manejadas, maior o número em hectares de florestas conservadas do desmate ilegal.
A atividade madeireira em Mato Grosso representa a quarta economia do Estado, impactando diretamente nos mais de 40 munícios que têm como principal atividade o segmento, gerando 100 mil empregos diretos, que contribui para os cofres públicos, em uma média anual de R$ 85 milhões em ICMS e R$ 19 milhões em Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), arrecadados somente no ano de 2013.
O presidente do Cipem, entidade que representa o segmento madeireiro em Mato Grosso, Geraldo Bento, destacou que a organização do setor foi um dos fatores responsáveis pelos números positivos da atividade florestal do estado. “O setor florestal de Mato Grosso já entendeu que para manter a atividade é preciso trabalhar na legalidade, com isso nos organizamos e profissionalizamos, melhorando assim nossa performance, aproveitando ainda melhor os potenciais de forma sustentável, sempre buscando a diversificação da produção, e o fortalecimento da economia florestal”.
"Mato Grosso possui atualmente 3,2 milhões de hectares de áreas manejadas, o que significa que estão protegidas do desmatamento. O segmento florestal de Mato Grosso se prepara para aumentar sua produção, por meio do Programa de Desenvolvimento Florestal Sustentável (PDFS), que já está na sua segunda fase, onde serão aplicadas as políticas de incentivo pelo governo estadual, aproveitando ainda melhor as riquezas naturais da floresta de forma sustentável, sempre buscando a diversificação da produção, e o fortalecimento da economia".
Marcos Lentini, da ong WWF-Brasil, ressaltou a importância de reverter o conceito do uso da madeira, para que as pessoas entendam que sua utilização é um grande fomentador para conservação da floresta em pé. “Há uma cultura no consumo da madeira, onde, muitas pessoas acham que a atividade florestal é ruim para a Amazônia e contribui para o desmatamento. Ao contrário a que se pensa, o consumo de madeira de forma sustentável, por meio de Plano de Manejo, garante a floresta em pé, além de incentivar a economia no território florestal”, declarou o ambientalista durante reunião com segmento madeireiro.