As obras do novo frigorífico de peixes em Sorriso estão entrando na reta final e devem ser concluídas no primeiro trimestres do ano que vem. Terá capacidade para abater 120 toneladas de peixe por dia. "Este é o segundo edificado no município e estamos buscando parceria com o Governo Federal para a implantação de um terceiro frigorífico de peixes", disse o prefeito Dilceu Rossato, durante encontro, hoje, com empresários de Sorriso, Sinop, Lucas do Rio Verde, Sapezal e São Paulo, que participaram do dia de campo e da pré inauguração do frigorífico, no distrito de Primavera do Norte. Rossato destacou que Sorriso têm condições ideais para o desenvolvimento da piscicultura. "Temos uma região quente, com terras planas, em que o custo de ração é baixo devido à própria produção local, temos ainda, o baixo custo de alevinos. Em Sorriso temos possibilidade de efetivação de até quatro safras anuais, isso se todo o processo for feito de maneira correta e com acompanhamento técnico", acrescentou.
"Com o aumento na produção dos peixes, no número de frigoríficos, e investimentos no melhoramento genético, Sorriso está caminhando para atingir a nossa meta, que não é apenas suprir a demanda nacional, mas se qualificar para a venda no mercado externo. Junto com os empresários locais, vamos transformar Sorriso no maior produtor nacional de peixe", acrescentou o prefeito.
A assessoria informa que o doutor em piscicultura Ricardo Ribeiro, da Universidade Estadual de Maringá (PR), detalhou, hoje, para criadores e empresários as vantagens e a importância do melhoramento genético de peixes para aumentar a qualidade e quantidade do produto a ser comercializado. "Sem alevinos de boa qualidade toda a cadeia ficaria comprometida, por isso, saímos das salas da Universidade, e viemos a campo. Hoje posso afirmar que está sediada em Sorriso a terceira melhor empresa no mundo de referência em melhoramento genético de piscicultura", explicou.
"Entre os peixes estudados e melhorados geneticamente em Sorriso, destaca-se o pintado amazônico, que possui uma rentabilidade muito grande, crescimento homogêneo, boa adaptação e uma carne branca de qualidade, com bom rendimento de filé e uma carne sem espinha. Além de ser um peixe nativo, que está sendo melhorado em nosso próprio ambiente", afirmou o doutor em piscicultura, Darci Carlos Fornari, que falou sobre o tema "Resultados na produção de Peixes Nativos. De acordo com o pesquisador, a produção regional hoje é de aproximadamente 20 mil toneladas, e que há condições de ampliar para 200 mil.