A geração de empregos no segmento industrial da madeira e do mobiliário foi positiva com a criação de 65 novas vagas, em julho, em Mato Grosso. No último mês, foram admitidos 968 trabalhadores e demitidos 903. O saldo manteve o patamar do mesmo período do ano passado, quando foram criadas 66 novas vagas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Com o desempenho alcançado no mês anterior, o subsetor econômico da madeira e do mobiliário foi responsável por 24% das 279 novas vagas ofertadas no mês pelo setor da indústria de transformação do Estado. No ano passado, as indústrias de transformação criaram 1,679 mil novos empregos no referido mês.
Entre janeiro a julho, as indústrias madeireiras e moveleiras contrataram 6,264 mil trabalhadores e demitiram 6,183 mil, encerrando o período com o saldo positivo de 81 novos postos de trabalho em Mato Grosso.
Outra situação positiva identificada pelo Caged foi a melhoria dos rendimentos salariais dos trabalhadores do segmento no último ano. Conforme a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), os profissionais da indústria da madeira e do mobiliário de Mato Grosso tiveram os rendimentos salariais reajustados em 6,56% em 2013. O índice ficou acima daquele registrado em 2012, quando subiu 5,06%. Em média, os trabalhadores do segmento receberam R$ 1.417,38 em 2013. Já em 2012, os rendimentos se mantiveram em R$ 1.330,12.
Com o reajuste de 6,56%, o setor da madeira e do mobiliário foi uma das 6 atividades, dentre as 25 avaliadas pelo Ministério, que garantiram maior variação salarial. Respectivamente, as maiores correções salarias foram observadas nos setores econômicos do Ensino (9,06%), Indústria química de Produtos Farmacêuticos e Veterinários (9,09%), Comércio e Administração de Imóveis e Valores mobiliários (8,44%), Construção Civil (7,45%), Serviço de Alojamento, Alimentação, Reparação e Manutenção (6,67%) e Indústria da Madeira e do Mobiliário (6,56%). Considerando todas as atividades econômicos, os rendimentos salariais aumentaram em média 3,27% em Mato Grosso no último ano, em comparação com 2012.
O presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira (Cipem), Geraldo Bento afirma que o segmento de base florestal de Mato Grosso tem se empenhado em manter a oferta de empregos e a valorização salarial, apesar das dificuldades enfrentadas com a política tributária.
Neste ano, três dos oito sindicatos de base florestal que integram o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira (Cipem) aprovaram reajustes salariais de 8%. Em 2013, o índice chegou a 8,7% em algumas bases sindicais.
Na base do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Mato Grosso (Sindusmad), o reajuste de 8% será pago no próximo mês e vale até abril de 2015. A negociação com o Sindicato dos Funcionários na Indústria da Construção e do Mobiliário (Siticom-RN) foi finalizada na segunda-feira (18). Para as folhas de pagamento dos meses de maio, junho e julho foi acordado acréscimo de 7,28% nos salários.
Na área de abrangência do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Vale do Arinos (Simava) está em negociação um reajuste de 7%, no mesmo patamar de 2013.