O 1º seminário do FCO – Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste – Cuiabá, realizado ontem, serviu, conforme o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alexandre Furlan, para alinhar as linguagens de forma que o acesso ao crédito seja facilitado. “O FCO é um recurso público, de fomento, porém muitos vêem como um crédito do Banco do Brasil, numa visão comercial, gerando excesso de burocracia nos trâmites da liberação do crédito”, afirmou.
Furlan e o secretário de Desenvolvimento Rural (Seder), Neldo Egon, cobraram do Banco do Brasil mais agilidade na liberação dos financiamentos para os projetos, e cobraram também dos empresários maior seriedade na apresentação das informações e documentação necessárias á viabilização dos mesmos.
Segundo o superintendente de Varejo do banco, Renato Barbosa, o valor orçado pelo FCO para 2007 foi de R$ 726 milhões, sendo R$ 290,6 milhões para o FCO Empresarial. O saldo atual é de R$ 490 milhões para o FCO, sendo deste valor R$ 207 milhões destinado ao setor Empresarial. Já a demanda do FCO é de R$ 459 milhões, sendo 276 milhões para o âmbito Empresarial.
De janeiro a junho de 2006 foram acertados 1.161 contratos no total de R$ 209 milhões para o segmento Empresarial, já este ano foram 1.491 contratados somando R$ 284 milhões no mesmo período, um aumento de 36%. O número de contratações de Mato Grosso também obteve aumento de 28% de janeiro a junho de 2007 comparado ao mesmo período de 2006.
O banco apresentou as dificuldades que enfrenta no fluxo das operações como documentação incompleta, falta de licença dos órgãos públicos e garantias, e projetos mal elaborados. E reconheceu a necessidade de melhorar o tempo de resposta aos contratantes.
Em contrapartida, apresentou um projeto que consiste em formar “centros de excelência” que serão responsáveis pelo acompanhamento e agilização dos processos de análise e liberação dos créditos do FCO, padronizando e unificando os procedimentos. A proposta apresentada do Banco do Brasil pretende diminuir o tempo médio de liberação do crédito que era de 93 dias no modelo tradicional para 36 dias segundo a nova proposta.
O Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste existe desde a Constituição de 1988. São destinados 3% do produto da arrecadação do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza e do imposto sobre produtos industrializados, para fundos constitucionais de financiamento do norte, Nordeste e Centro-Oeste.
O FCO desempenha um papel importante na promoção do crescimento econômico e o desenvolvimento social da região. Os recursos destinam-se a financiar projetos dos produtores rurais e das empresas que exercem atividade econômica nos setores agropecuário, mineral, industrial, agroindustrial, de turismo e de comércio e serviços do Centro-Oeste.