O secretário de Estado de Meio Ambiente e vice-governador, Carlos Fávaro, apresentou a estratégia Produzir, Conservar e Incluir (PCI) a um grupo de investidores alemães que visitou esta semana Mato Grosso. Uma das propostas consiste em desenvolver o programa de eficiência de recursos na cadeia da carne, com objetivo de redução dos gases do efeito estufa (GEE).
Durante a reunião, além detalhar as metas de aumento de produção aliado à conservação ambiental e inclusão social, as equipes das Secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema) e de Desenvolvimento Econômico (Sedec) mostraram a importância das parcerias internacionais para se efetivar o desenvolvimento sustentável no estado.
Fávaro frisou que o governo vem fazendo seu dever de casa ao reduzir nos últimos 10 anos 80% do desmatamento, dos quais 19% (dados preliminares) só entre 2015 e 2016. “Mas o PCI surgiu justamente da necessidade de se aliar as políticas públicas de controle e repressão à viabilidade econômica para os produtores, especialmente naquelas áreas com baixa produtividade, são metas ousadas, porém viáveis e que necessitam de aporte financeiro de grandes parceiros”.
Os representantes da Nama Facility, Carbon Trust e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) disseram estar animados com o potencial do estado que tem o maior rebanho bovino do país. “A implementação do nosso projeto traz inúmeros impactos em termos de: desmatamento evitado, economias de energia; aumento de produtividade e competitividade em todos subsetores na cadeia; amplas reduções nas emissões de GEE; e múltiplos co-benefícios socioambientais”, explicou Simon Retallack, da Carbon Trust.
Depois da reunião, o grupo foi recebido na Sema pelo diretor-executivo do Comitê Estadual da Estratégia PCI, Fernando Sampaio, para esclarecer dúvidas em torno dos três eixos da iniciativa. “Eles têm interesse em aportar recursos no estado, por isso vieram fazer a checagem do ambiente e alinhar interesses, quiseram entender os números do CAR (Cadastro Ambiental Rural), da fiscalização e o controle do desmatamento”.