Encontrar trabalho está mais fácil em Mato Grosso. Mensalmente o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) anuncia recordes na geração de vagas no país e o Estado não fica atrás. Segundo dados divulgados ontem pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do MTE, o saldo de empregos em Mato Grosso fechou os nove primeiros meses com 46,490 mil vagas, diferença entre as 260,434 mil contratações e 213,944 mil demissões registradas de janeiro a setembro. O saldo é 20,5% maior que o do ano passado, quando somou 38,555 mil empregos formais. O acesso às empresas é ainda mais facilitado por haver encaminhamento, sendo o Sistema Nacional do Emprego (Sine) um dos que cadastram e encaminham as pessoas que estão à procura de emprego. Quem não teve de esperar muito para ser contratada foi a estudante Suener Santos Cruz, 20, que após se cadastrar no Sine foi chamada para uma entrevista 10 dias depois e que no dia seguinte começou a trabalhar como auxiliar- administrativa.
Já Sebastiana Maria de Barros ficou afastada do mercado de trabalho por dois anos, devido à problema de saúde da filha. No caso dela, a efetivação em uma empresa demorou um pouco, cerca de cinco meses, mas não por falta de oportunidade. “Havia várias propostas, mas como moro no CPA e as vagas eram para bairros distantes como o Distrito Industrial, as empresas davam preferência para que morava mais perto”.
Sebastiana diz estar satisfeita. Desempenha a função de auxiliar de escritório, ajudando a controlar as finanças da empresa e não teve dificuldade em executar as tarefas, pois no emprego anterior também trabalhava no setor financeiro. “O Sine também ajuda bastante na hora de encontrar emprego e tenta diminuir as limitações, como a da distância, por exemplo, entre a residência e o trabalho da pessoa”, diz Sebastiana.
Suener destaca que teve uma vantagem na hora de conseguir o emprego. “Fiz vários cursos, de informática e de atendimento ao público, que me ajudaram na hora de ser selecionada”.
A assessora de Qualificação Profissional do Sine, Rosenei Calsavara, considera que a qualificação é uma ferramenta extra na hora de escolher um candidato, mas que não é tudo, pois como o mercado está aquecido ele sinaliza as maiores necessidades oferece oportunidades.