O baixo desemprego e o reajuste na renda familiar foram os principais fatores que fizeram com que as vendas nos supermercados atingissem alta de 5,8%. A avaliação é do superintendente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Tiaraju Pires.
"Baixo desemprego, reajuste da renda familiar, que tem crescido acima da inflação, e o próprio salário mínimo, que teve reajuste em janeiro em torno de 14%, impactaram bastante. É dinheiro que entrou em circulação nesse primeiro semestre e que veio, uma grande parte, para o setor de alimentos em supermercados", disse.
As vendas do setor supermercadista apresentam alta de 5,8% no acumulado de janeiro até julho de 2012, na comparação com o mesmo período de 2011. Em julho, houve recuo de 0,09% em relação ao mesmo mês do ano de 2011 e, em comparação com junho deste ano, foi registrada queda de 0,51%. Os dados, divulgados hoje (28), estão deflacionados.
Julho foi o primeiro mês do ano com variação negativa em relação ao ano passado. O último mês com variação negativa registrada foi abril de 2010. "A nossa avaliação é que [o resultado de julho] é uma situação pontual. A gente tem um cenário ainda extremamente favorável de renda média e nível de emprego e o consumo se mantendo mesmo com esse cenário", disse o superintendente da Abras
A projeção da entidade é que o setor encerre o ano com alta de 5% nas vendas.