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Relator da ONU pede “moratória” na produção de biocombustíveis

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O relator da Organização das Nações Unidas (ONU) para o direito à alimentação, Jean Ziegler, pediu ontem, o adiamento de cinco anos da produção de biocombustíveis a fim de lutar contra o aumento do preço dos alimentos.

Tomando o exemplo do Brasil, o relator da ONU lamentou que as plantações de cana-de-açúcar destinadas à produção de biocombustíveis se desenvolvam no lugar das culturas alimentares. De acordo com Ziegler, as culturas alimentares fazem viver entre sete e 10 agricultores em média sobre 10 hectares, enquanto a cana de açúcar representa somente um emprego na mesma superfície.

Segundo o sociólogo suíço, a conversão de solos aráveis à produção de vegetais destinados à produção de combustíveis “verdes” está provocando, há vários meses, um aumento dos preços agrícolas, o que obrigaria os países pobres a importar alimentos a preços elevados. “São necessários 232 quilos de milho para encher um depósito de cinqüenta litros de bioetanol”, disse, adiantando que “com esta quantidade de milho, uma criança pode viver durante um ano”.

Ziegler afirmou ainda que a conversão das terras à produção de biocombustíveis vai criar uma tragédia por causa da previsão de diminuição da ajuda alimentar enviada pelos países ricos aos países em desenvolvimento. “É uma catástrofe total para os esfomeados do mundo”, afirmou. A proposta de uma moratória de cinco anos, que conta apresentar em 25 de outubro na ONU, visa proibir a conversão de terras à produção biocombustíveis.

Jean Ziegler espera que, passado este prazo, a ciência tenha avançado suficientemente para se passar aos biocombustíveis de segunda geração, produzidos a partir de desperdícios agrícolas ou plantas não agrícolas.

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