A redução da demanda de energia no horário de ponta em Mato Grosso alcançou 4,55% na 39ª edição do horário brasileiro de verão, que começou no dia 18 de outubro do ano passado e termina neste domingo – 126 dias de duração. Nos municípios interligados ao Sistema Interligado Nacional, a redução no consumo de energia foi de 0,77%, gerando uma economia de 17.075,07 MWh, suficiente para abastecer por 10 meses uma cidade do porte de Chapada dos Guimarães.
Já no Sistema Isolado no Estado, a economia em energia chegou a 67,60 MWh, sendo suficiente para abastecer por 15 dias o município de Rondolândia (a 1.600 km ao noroeste da capital). O ganho ambiental desse resultado foi gerado pela economia de 20.279 litros de óleo diesel que deixaram de ser usados por seis usinas térmicas no Estado. No ano passado, a economia no Sistema Isolado foi maior – 222 MWh e 66 mil litros de diesel – porque, à época, havia 15 usinas a diesel funcionando em Mato Grosso.
A desativação das térmicas ocorreu após investimentos nos sistemas de subtransmissão do Estado, que permitiram incluir mais municípios ao sistema nacional e, conseqüentemente, a retirada de funcionamento de nove usinas térmicas. "Precisamos pontuar que os municípios mato-grossenses são abastecidos pela energia proveniente do Sistema Interligado Nacional e do Sistema Isolado, que é atendido por usinas termoelétricas a diesel. Praticamente todo o Estado já está incluído no sistema nacional. Por isso, o resultado do horário de verão é diferenciado para os dois sistemas", esclarece o engenheiro eletricista Teomar Estevão Magri, gerente do Departamento de Operação do Sistema (DOS) da Cemat.