sábado, 4/maio/2024
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Queda de 29% em financiamentos agrava crise agrícola em Sorriso

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A época ideal de plantio da soja (até 15 de novembro) está terminando e a crise do setor de sojicultura tende a se agravar nesta safra, para complicar ainda mais a economia do município de Sorriso. Além da falta de financiamento, o produtor rural ainda está impossibilitado de plantar porque em boa parte das propriedade, não ocorre uma boa chuva há cerca de 10 dias.

Em todo o Estado de Mato Grosso, a expectativa é que a área plantada tenha um decréscimo de no mínimo 15%. Em Sorriso, segundo a Empaer, a queda no plantio de soja nesta safra, deve ser de 5%. Sorriso, que é campeão brasileiro em produção de soja, deve ter sua área plantada reduzida de 610 para 580 mil hectares.

Martin Granja, gerente da agência do Banco do Brasil de Sorriso, afirmou ao Só Notícias que já foram liberados cerca de R$60 milhões para o custeio agrícola. Ele acredita que até 15 de novembro, quando praticamente se encerra a liberação de recursos, deve ser liberado em torno de R$100 milhões, cerca de 29% a menos do que o total liberado no ano passado, que ficou em torno de R$140 milhões.

Produtores que sempre pagaram em dia, neste ano acabaram tendo restrição no crédito e não conseguiram financiamento. “A inadimplência histórica de Sorriso sempre foi na casa de 0,5% e agora chega a 20%”, afirmou o gerente.

Outros produtos agrícolas cultivados no município, como o algodão e o arroz, também devem ter queda na produção. No caso do algodão, a estimativa é de que seja plantada uma área de 8,8 mil hectares, sendo 2,8 mil hectares de sequeiro, 3,5 mil safrinha e 2,5 mil irrigado. Segundo a Empaer, em 2004 esses números eram maiores, só de algodão sequeiro a área era de 14,7 mil hectares. Os altos custos na produção e os preços baixos oferecidos pelos compradores, desmotivaram os produtores.

A crise no maior município produtor de soja do Brasil já atinge outros setores: a administração pública divulgou que a arrecadação caiu em torno de 30% e medidas severas de contenção de despesas (incluindo a demissão de alguns funcionários contratados)estão sendo tomadas.

No comércio, a inadimplência também aumentou significativamente. O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sorriso, Laércio Estrela, disse que 90% da economia de Sorriso é movimentada pela comercialização da soja. “Diante desse cenário os lojistas estão cautelosos e comprando apenas o suficiente para não ficar com mercadoria estocada”.

Segundo ele, neste fim de ano o segmento aguarda uma retração de cerca de 30% nas transações comerciais em relação ao mesmo período do ano passado.

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