O fornecimento do gás natural veicular (GNV) aos postos de combustível de Mato Grosso poderá ser interrompido, novamente, daqui a 10 dias. Segundo o diretor presidente da Empresa Pantanal Energia (EPE), Fábio Garcia, ainda não há discussão com o governo do Estado para uma nova prorrogação de prazo, fixado atualmente até 30 de maio. De acordo com ele, a continuidade no fornecimento do gás aos postos do Estado depende da retomada da atividade da Usina Governador Mário Covas (Termelétrica de Cuiabá), que está paralisada desde 2007 por falta de insumo.
A unidade depende do abastecimento mínimo de 1,1 milhão de metros cúbicos do gás por dia, enquanto que a demanda de consumo veicular em Mato Grosso chega a 35 mil m3/diários. A EPE é a responsável pela usina e pelo transporte do gás que o governo de Mato Grosso compra da estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB).
O governo do Estado informou que a Petrobras negocia a compra da EPE, que administra a Usina de Cuiabá. De acordo com Silval Barbosa, a estatal brasileira está acertando o contrato com a empresa. "Está praticamente resolvido que a Petrobras vai arrendar a Pantanal Energia". A Petrobras assumindo a EPE seria a única maneira de transportar o gás para o Estado, porque Mato Grosso não tem empresas que ofertam este tipo de serviço.
Dessa forma, a efetivação do processo depende agora da negociação com o governo Boliviano, já que atualmente o contrato da Petrobras com a Bolívia prevê o recebimento diário de 31 milhões m3 do produto, que chegam ao país na divisa com Corumbá (MS). Destes 31 milhões, o presidente da Petrobras sinalizou com a possibilidade de ceder 2,2 milhões m3/ dia para o abastecimento do Estado.