Empresários do setor de base florestal e a equipe técnica da Unidade de Pesquisas Econômicas Aplicadas (UPEA) da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), vão se reunir novamente na próxima quinta-feira (6), para apresentar uma proposta com os preços da pauta da madeira, para determinar um valor referencial.
Hoje houve uma reunião onde foram discutidos os valores estabelecidos na pauta da madeira e do sistema de coleta de preços para definição da mesma, que segundo o coordenador substituto da UPEA da Sefaz, Emanuel Dalbian, deve ser feito com base nos valores da comercialização das indústrias. “Foi pedido para que elaborassem o preço da pauta com base no referencial dos valores coletado da comercialização das indústrias, depois disso é levado para apreciação da entidade que representa o segmento, para que possa ser apresentada uma contraproposta, com isso chegar a um denominador comum para ser publicado", disse.
O coordenador também explicou que a pauta protege a indústria local, porque regula o setor comercial, evitando o subfaturamento de notas ficais e que serve de referencia no pagamento do ICMS.
O presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Geraldo Bento, disse, por meio da assessoria, que “o setor de base florestal tem um grande potencial, o qual é utilizado apenas 30%, isso se dá pela falta de políticas de incentivo, principalmente tributária, onde todos perdem, o empresário, a população e o estado, respectivamente deixa de produzir e ter lucros, deixa de gerar empregos e perde arrecadação”.
O gestor também ressaltou que o setor não suporta mais a grande incidência de tributos. “Em cinco anos já se fecharam mais de mil indústrias. A exemplo, das indústrias de compensado, laminados e sarrafeado que há dez anos eram 393 no estado, hoje restaram apenas quatro, segundo levantamento da Unidade Estratégica de Desenvolvimento Associativo da FIEMT”.
O vice-presidente do Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt), José Eduardo Pinto, também destacou as dificuldades do setor em continuar com a atividade. “Os empresários do setor florestal não estão abandonando a atividade somente por dificuldades ambientais, mas sim, por questões tributárias, porque não resistem mais ao aumento da carga tributária, o que impossibilita de competirmos em igualdade com outros estados produtores de madeira”.