Produtores de leite de Sinop estarão proibidos, a partir do mês de julho, a comercializar a produção diretamente nas residências. O veterinário do Departamento de Vigilância Sanitária, Joacir de Jesus Oliveira, explicou, ao Só Notícias, que a proibição está de acordo com o Código Sanitário do município, criado em 2003.
Segundo ele, a proibição começou a ser discutida com os produtores há mais de um ano, para que sejam feitas as adequações necessárias. “Esta é a quarta vez que o prazo é dilatado e esperamos que seja cumprido”, disse. O veterinário destacou que a preocupação é com a qualidade do leite, já que muitos casos de intoxicação pelo produto foram registrados em Sinop.
Ele alertou que, após o vencimento do prazo estipulado, os produtores serão comunicados oficialmente e a Vigilância Sanitária intensificará as vistorias na comercialização da produção. Atualmente, são produzidos cerca de 12 mil litros de leite diariamente em Sinop e cerca de 30 produtores sobrevivem da atividade.
O presidente de uma cooperativa leiteira, Pedro Ferri, disse que uma das maiores dificuldades dos produtores é a falta de incentivos para montar um laticínio, para industrializar a produção leiteira no município, já que em Sinop ainda não existem laticínios instalados.
O secretário Municipal de Agricultura, Alexandre Picin, destacou que a secretaria está dando todo a assistência e apoio ao setor. “A função do poder público é em criar alternativas e nós estamos dando todo o apoio para que eles consigam instalar um laticínio no município”, concluiu.