O setor produtivo recebeu com indignação a decisão do Governo Federal de que, a partir de agora, o IOF também incidirá em 0,38% sobre os empréstimos de custeio, comercialização da safra e investimentos. Representantes do setor já se articulam para tentar derrubar a cobrança, que significa mais uma carga tributária sobre de um setor que ainda tenta sair da pior crise da história.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, afirmou que se o governo insistir na cobrança do IOF sobre as operações de crédito rural, as conseqüências serão negativas para a sociedade, uma vez que o imposto vai onerar o custo para o setor, provocando aumento na inflação e maiores dificuldades para o consumidor. “O setor rural já é penalizado pela alta carga tributária brasileira e não podemos aceitar mais esta conta” afirmou Prado.
A incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações de crédito rural, contrariou também deputados federais. Parlamentares da bancada ruralista da Câmara Federal já se mobilizam para iniciar uma nova batalha contra o governo, com o intuito de derrubar o imposto.
O primeiro encontro já está marcado para esta quarta-feira, às 16 horas, com o ministro da Articulação Política, José Múcio Monteiro.