Presidentes e diretores de sindicatos rurais do Nortão e demais regiões estão em Brasília onde se reúnem, hoje à tarde, com dirigentes da CNA -Confederação Nacional da Agricultura-. Eles vão cobrar que a confederação reveja seu posicionamento de defender o desmatamento zero para Mato Grosso para ser incluso no novo código ambiental, que está sendo debatido. “Nós não aceitamos. Não abrimos mão de nosso direito de abrir as áreas que compramos. A lei nos permite abrir uma determinada parte para expandir nossas atividades agrícolas e pecuárias”, afirmou, ao Só Notícias, o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antonio Galvan. Atualmente, os fazendeiros devem manter como reservas 80% de suas áreas e podem desmatar 20% do total. “Nosso posicionamento é de desamamento zero só para quem pretende fazê-lo de forma ilegal. Os produtores que ainda têm direito de abrir áreas, amparados por lei, não podem ser prejudicados. E vamos mostrar que a CNA não está correta ao defender o desmatamento zero”, acrescentou o presidente.
Galvan disse que o setor produtivo de Mato Grosso -estado campeão em produção de soja e algodão, por exemplo- também é contrário a determinadas mudanças que o novo cógido florestal pretende criar. “As áreas de reserva legal têm que ficar a critério de cada Estado fixar. Queremos tratamento igualitário com todos os Estados. Por que só desmatamento zero para com Mato Grosso e estados na Amazônia ?”, questiona.
Os agricultores de Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e demais cidades do Nortão vão a Brasília, no próximo dia 8, participar da audiência pública, na Câmara dos Deputados, manifestando-se contrários a determinadas mudanças previstas no projeto que altera o código ambiental. A saída será de Sinop dia 6, às 14h, em dois ônibus. A participação foi acertada, ontem à noite, em reunião no Sindicato Rural de Sinop, entre diretores e associados.