O Movimento Pró-Logística tem expectativas muito positivas para a ferrovia Sinop-Mirituba, que vai garantir o escoamento da produção na região pelo arco norte. O diretor executivo, Edeon Vaz Ferreira, disse acreditar que é uma das poucas que podem sair do papel em breve, devido as ações do governo para adiantar o processo. Ela atrai o interesse principalmente de investidores do exterior.
Segundo Edeon, há expectativa de apresentação do projetos nos próximos meses. “É uma ferrovia que está em estudo e vai garantir escoamento pelo arco norte. Nossa preocupação não é só com o frete, mas também o volume de produção que precisa ser escoado. A rodovia não dá vasão”, afirmou o executivo.
O governo federal quer iniciar, ainda este ano, ao processo de licenciamento ambiental da ferrovia ligando Sinop a Miritituba em pouco mais de 900 quilômetros. A ação é apontada nas perspectivas operacionais da Empresa de Planejamento e Logística. Os estudos para a ferrovia estão em andamento e tem sido o motivo de reuniões constantes entre representantes da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), membros da Comissão de Seleção dos Estudos para Concessão de Ferrovias.
Entidades do agronegócio, como a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), têm defendido a construção de ferrovia para escoar parte da produção de soja, milho, algodão, carne e madeira do Médio Norte. O presidente, Glauber Silveira, já chegou a declarar que os estudos apontam investimentos de R$ 6 bilhões e com o potencial de escoar 30 milhões de toneladas até 2020.
Edeon também é cauteloso quanto ao desenvolvimento de outros modais. “Precisamos de hidrovia também, mas ela depende do barramento dos rios Teles Pires-Tapajós. Precisamos também de melhoramento imediato na BR-163 e construção de mais ferrovias”.