O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad), Jaldes Langer, disse que a negociação do reajuste salarial dos funcionários de madeireiras junto ao Siticom – Sindicato dos Trabalhadores na Indústria, Construção Civil e Mobiliário do Norte – não está sendo “barrada” pelo Sindusmad e acusa o Siticom de usar a situação para fazer política. Jaldes explica que o motivo do entrave é que não houve concordância entre as partes. “Só busco o melhor para as empresas que represento e não fico fazendo política como eles”, rebate.
Sobre as acusações do vice-presidente do Siticom, Eder Pessine, que os empresários já haviam concordado com o reajuste e que o Sindusmad é quem estaria atrasando o acordo, Jaldes diz que o Siticom se equivocou. “Não são todos os setores que podem garantir este reajuste. Eles dizem que muitos já pagam piso maior que o estipulado. Acho isso ótimo, mas não são todos os setores que tem está condição. Eu represento todos os setores e tenho que pensar em todos também”, justificou.
O impasse no reajuste é de 2%. Enquanto o Siticom cobra o aumento de 7%, o Sindusmad oferece 5%. As negociações para definir o reajuste não avançaram e uma audiência com intervenção de um mediador do Ministério do Trabalho já está sendo definida.
Outro lado
O vice-presidente do Sinticom, Eder Pessine, disse que a intenção do sindicato não é fazer política e sim procurar resolver um impasse que já está ameaçando a produção do setor madeireiro de Sinop. “Funcionários já estão ameaçando parar, pensando que quem não quer ceder o reajuste são os patrões, quando na verdade quem não aceita o aumento é o Sindusmad”, disse. “Há empresas que já oferecem 10% de reajuste e justamente em setores que eles (Sindusmad) dizem que não teriam condições. Acho que eles devem pensar melhor no que falam”, concluiu.