sexta-feira, 29/março/2024
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Presidente da Fiemt considera que ferrovia Rondonópolis-Cuiabá-Mutum-Lucas fortalecerá economia

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Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso, Gustavo Oliveira, apontou que a construção da ferrovia estadual de Rondonópolis a Cuiabá e a Nova Mutum e Lucas do Rio Verde “ampliará de maneira expressiva e estruturante o modal ferroviário, abastecendo os municípios com insumos industriais e escoando a produção agropecuária e industrial”. Ele acrescenta mais efeitos positivos “em relação ao frete, hoje encarecido pelos trechos rodoviários percorridos para cobrir as longas distâncias internas. O custo rodoviário da tonelada por quilômetro útil dentro do Estado chega a 16 centavos – exatamente o dobro do custo ferroviário. Ainda assim, o frete médio no corredor entre Mato Grosso e o Porto de Santos é até 40% mais competitivo do que a média das cinco principais rotas ferroviárias que escoam commodities dos Estados Unidos para a China. Enquanto o produtor brasileiro paga US$ 28/tonelada, o norte-americano desembolsa, em média, US$ 47/tonelada”, compara.

Gustavo elogiou a iniciativa do governador Mauro Mendes em definir chamamento público para a iniciativa privada fazer a ferrovia. A RUMO (detentora da concessão da Ferronorte, de Rondonópolis a São Paulo) apresentou proposta para investir R$ 12 bilhões e fazer os 700 km de trilhos, de Rondonópolis a Lucas, além de 60 pontes e terminais de cargas. O governo de Mato Grosso deve, nos próximos dias, apresentar o resultado da análise da proposta.

“A partir da inovação de Mato Grosso, o Ministério da Infraestrutura editou em 30 de agosto a Medida Provisória 1.065/21, no intuito de organizar nacionalmente as iniciativas dos Estados. A MP será devolvida pelo Senado, já que lá tramita, desde 2018, o PLS 261, tratando do mesmo tema. Qualquer que seja a medida de alcance federal que traga estabilidade e organização para o sistema ferroviário nacional é positiva, sem tirar dos estados a liberdade de legislar sobre os ramais ferroviários em seus territórios”. Gustavo acrescenta exemplifica o caso de Mato Grosso, refém do alto custo e das limitações impostas pelo transporte rodoviário, que segue como carro-chefe do país na exportação de commodities. Todavia, poderia obter muito mais retorno beneficiando localmente parte da produção agropecuária e exportando produtos com maior valor agregado. E um dos grandes gargalos para a atração de investimentos voltados à agroindústria mato-grossense é o alto custo logístico”.

Ele analisa também que “o Brasil pode estar muito próximo de uma revolução logística, a partir de uma inovação de Mato Grosso. O maior produtor de grãos e carne do país instituiu legislação que permite ao Estado conceder e autorizar a construção e operação de ramais ferroviários dentro de seu território – o que, na prática, amplia possibilidades de expansão da malha em diversas direções, aumentando a cobertura e reduzindo o custo do frete. Isso é imprescindível para estimular o crescimento econômico dos estados mais distantes dos grandes centros de consumo.

“A importância disso para a economia é imensurável”. “Além de trazer mais agilidade nas concessões, permite muito flexibilidade no atendimento a interesses locais, pois a construção de ramais a partir de troncos existentes pode atender a demandas específicas de diferentes setores econômicos, resolvendo uma série de impasses. Trata-se de uma enorme oportunidade também para outros estados, que podem, respeitando a legislação federal e também a soberania dos entes subnacionais, implantar leis semelhantes e expandir suas malhas férreas, inclusive utilizando capital privado”. “Isso sem falar na questão da sustentabilidade, pois a ferrovia oferece vantagens conhecidas, ao reduzir as emissões de dióxido de carbono e o risco de acidentes”, acrescenta.

O presidente da federação das indústrias conclui expondo que “Mato Grosso é o grande expoente no agronegócio e na bioeconomia – mas carece de logística cada vez mais integrada para crescer de forma consistente e sustentável. Estamos no limiar de uma mudança histórica, com chances reais de interligar, por meio de trilhos, diversos pontos do território nacional. Basta, para isso, que os novos marcos legais sejam adequados, pois o interesse do setor privado em investir é certo. Basta ficar de olho no quanto a economia de Mato Grosso vai mudar nos próximos anos. E será exemplo para todo o país”.

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